Bloqueios ainda impedem abastecimento hospitalar, dizem entidades
Faltam medicamentos essenciais, como quimioterápicos e produtos para diálise
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Hospitais, laboratórios e serviços de saúde ainda não tiveram abastecimento regularizado no estado de São Paulo, apesar do desbloqueio de algumas estradas.
Empresas transportadoras de materiais, medicamentos e alimentos estão com dificuldade de encontrar combustível e as produtoras de oxigênio reportam que, embora estejam conseguindo fazer as entregas com os caminhões, continuam sofrendo alguns bloqueios ao voltar vazios para suas bases. Isso impede o reabastecimento do caminhão e a continuidade das entregas.
Segundo o sindicato e a federação dos hospitais (Sindhosp e Fehoesp), as reduções de atendimento médico-hospitalar estão mantidas enquanto não houver normalização das entregas.
Cirurgias eletivas estão sendo canceladas em algumas instituições mantendo-se apenas o atendimento de urgência. E há contenção no uso das roupas cirúrgicas e no enxoval de hospitais como toalhas, lençóis entre outros.
O médico Yussif Ali Mere Jr, presidente da Fehoesp, afirma que a situação dos hospitais continua crítica. ”Recomendamos à população que só procurem hospitais em casos de urgência. Soubemos de casos de hospitais no Vale do Paraíba que estão suprindo alimentos com compras em supermercados por falta de entrega. E alguns fornecedores de refeições também estão com problemas no recebimento de alimentos.
Muitos hospitais precisam repor oxigênio entre hoje e amanhã. Estamos aguardando que as entregas ocorram ainda hoje”, disse.
A Anahp, entidade que representa os hospitais privados, também relata a escassez de alimentos para a dieta dos pacientes internados, ambulâncias paradas por falta de combustível, falta de rouparia limpa e problemas no recolhimento do lixo hospitalar.
"Além da falta de insumos aos hospitais em todo Brasil, depara-se também com a falta de medicamentos essenciais para o tratamento dos pacientes, como por exemplo, quimioterápicos e produtos para diálise. É extremamente preocupante o estoque de sangue nos bancos de sangue dos hospitais, uma vez que a escassez de transporte impede a doação."
Em nota, a Abramed (Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica) disse que há relatos de laboratórios de análises clínicas e de imagem com dificuldade de receber cargas de reagentes e contrastes porque não há priorização dessas cargas nas aeronaves.
Além do atraso no processamento de exames, isso coloca em risco a estabilidade das amostras coletadas dos pacientes. "A falta de diversos insumos já é observada em muitas regiões do país, onde a cooperação entre diferentes instituições para a troca de materiais é uma alternativa que também está se esgotando", disse a entidade.
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