Câmara cria CPI para investigar rompimento de barragem em Brumadinho
Colegiado deve ser instalado nos próximos dias; Senado também aprovou comissão
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A Câmara dos Deputados criou uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar o rompimento da barragem de Brumadinho (MG).
O colegiado deve ser instalado nos próximos dias. O despacho de criação foi assinado pelo presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), na terça-feira (12).
O pedido de CPI foi protocolado pela deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), com a assinatura de 194 deputados. O mínimo requerido para a instalação de uma comissão do gênero é 171 deputados.
O rompimento da barragem em 25 de janeiro deixou, até o momento, 165 mortos e 160 desaparecidos.
Na terça-feira (12), também foi criada uma CPI no Senado para investigar as causas da tragédia.
Após o rompimento, os rejeitos de minério de ferro atingiram uma área administrativa da empresa, onde havia cerca de 300 funcionários e colaboradores, e também uma zona residencial de Brumadinho.
O rompimento liberou cerca de 12 milhões de metros cúbicos de rejeitos, que entraram no rio Paraopeba.
A estimativa é a de que esse volume represente um quarto do que foi liberado no acidente com a barragem de Fundão, em Mariana, que pertencia à Samarco, empresa controlada pela Vale e pela BHP Billiton.
Na ocasião, em novembro de 2015, 19 pessoas morreram, e milhares foram atingidas pelos estragos do rastro de lama, que contaminou o rio Doce e chegou até o litoral do Espírito Santo, matando animais e prejudicando o abastecimento de água.
PREVENÇÃO
Um documento interno da Vale estimou em outubro de 2018 quanto custaria, quantas pessoas morreriam e quais as possíveis causas de um eventual colapso da barragem de Brumadinho (MG), que acabou se rompendo no dia 25 de janeiro, deixando ao menos 165 mortos.
O relatório é usado pelo Ministério Público de Minas Gerais em ação civil pública em que pede a adoção de medidas imediatas para evitar novos desastres, já que dez barragens, incluindo a de Brumadinho, estariam em situação de risco, segundo o documento da própria mineradora.
A Vale questiona a Promotoria e diz que o estudo indica estruturas que receberam recomendações de manutenção, as quais já estariam em curso. A empresa defende ainda que a barragem de Brumadinho não corria risco iminente.
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