Mortes: Médica dedicada, trabalhou pelas crianças no SUS
Dra. Marina dedicou a vida a trabalhar com saúde pública em São Paulo
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Marina Ivamoto era uma jovem, recém-formada em medicina pela USP quando decidiu se dedicar à pediatria. Desde que ela mesma ainda era criança já tinha uma vocação especial no relacionamento com crianças menores que ela.
Trabalhando em hospitais públicos e privados, a médica descobriu outro caminho ao qual queria se dedicar na vida: o atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
“Ela via pais de pacientes que muitas vezes não tinham condição de pagar a passagem para voltar para casa e isso mexia muito com ela”, conta o irmão Toshiko.
A versão dedicada e pacienciosa da médica Marina, ele testemunhou de perto quando via a irmã atendendo as sobrinhas. E era assim com todos os pacientes. As consultas não obedeciam relógio, mas todos os detalhes que ela achava necessário acessar do histórico.
Nascida em Colina, no interior de São Paulo, Marina era filha de um casal de imigrantes japoneses. O pai nasceu em Fukuoka e chegou ao Brasil em 1926, aos 14 anos, com a família. A mãe nasceu em Tóquio. Os dois se conheceram num casamento arranjado. Aos filhos, sempre diziam que o amor vem com a convivência.
Marina, a mais nova dos três filhos que tiveram, sempre foi boa aluna. Depois que se formou médica, seguindo os passos do irmão Henrique, seguiu estudando por toda a vida. Ela também trabalhou com a vigilância epidemiológica em São Paulo.
Foi na faculdade também que Marina conheceu Beno Petlik, que virou seu marido e pai de suas duas filhas, Ana Luiza e Miriam. Eles se casaram em 1978, mas se separaram alguns anos depois.
No dia 12 de janeiro, aos 70 anos, Marina faleceu em decorrência de complicações de uma fibrose no pulmão e de uma doença autoimune. Ela deixou as duas filhas, uma neta e os dois irmãos mais velhos.
coluna.obituario@grupofolha.com.br
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