Siga a folha

Cantora denuncia racismo e diz ter sido xingada por segurança em shopping de SP

Raquel Virginia, da banda As Bahias e a Cozinha Mineira, afirma ter presenciado cena na última quinta

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

São Paulo

A cantora Raquel Virgínia, vocalista da banda As Bahias e a Cozinha Mineira, disse ter presenciado um caso de racismo no Shopping Bourbon, na Pompeia, zona oeste de São Paulo.

Ela afirma que, depois de tentar intervir, foi xingada por um dos seguranças.

O caso aconteceu na última quinta-feira (7), por volta das 20h. Raquel estava andando no shopping quando viu um grupo de adolescentes negros cercado por seguranças. 

"Ouvi um menino falando para outro: 'Você fez alguma coisa?'. Aquilo me chamou a atenção e perguntei para eles o que estava acontecendo", afirma Raquel.

A cantora Raquel Virginia, da banda As Bahias e a Cozinha Mineira - Marcus Leoni/Folhapress

Os seguranças disseram a ela que tinha havido reclamação de uma loja, e o caso estava sendo averiguado.

"Questionei, então, por que eles estavam prendendo os meninos ali. Só para ver se algo aconteceu? Não. Simplesmente não. Tirei eles de lá e saí pelo shopping", conta.

Ela e "os quatro ou cinco adolescentes" seguiram para a loja onde estavam antes de serem abordados. No caminho, encontraram outro grupo de seguranças e houve mais uma discussão. 

"Eu comecei a filmar o bate-boca e um deles veio para cima de mim, dizendo que se eu publicasse o vídeo seria processada. Chamei eles todos de racistas", diz.

Raquel seguiu para a loja com os adolescentes e depois se separou do grupo para fazer compras. Quando estava de saída do shopping, cruzou com um dos seguranças.

"Ele ficou olhando para as minhas sacolas. Eu disse: 'Pode olhar, sou rica, comprei bastante coisa e tudo coisa cara. Fruto de estudo e competência'. Ele me respondeu: 'E pra ser puta e fazer programa precisa estudar?'."

Raquel denunciou o caso em sua conta no Instagram. 

Para ela, o caso não pareceu uma ação isolada. "Parecia um procedimento comum, não um erro de uma equipe", afirma.

O Shopping Bourbon afirmou por meio de nota que repudia qualquer forma de racismo e ato discriminatório. Informou ainda "que todos os procedimentos e protocolos de abordagem a clientes estão sendo reavaliados junto à empresa terceirizada responsável pela segurança do shopping". 

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas