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Não tem perfil, diz homem forte de Covas sobre secretário que pediu demissão

Secretário de Governo, Mauro Ricardo diz que secretários terão que 'fazer mais com menos'

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São Paulo

Homem forte do prefeito de São Paulo Bruno Covas (PSDB), o secretário de Governo Mauro Ricardo comentou com ironia o pedido de exoneração de José Castro, titular da pasta de Assistência Social, revelado pela Folha nesta terça-feira (26).

Castro colocou o cargo à disposição argumentando que mudanças promovidas sem que ele fosse consultado desembocarão inevitavelmente na precarização do atendimento das faixas mais vulneráveis da população. Essas medidas foram o congelamento de R$ 240 milhões da pasta de assistência social; a renegociação de contratos com OSs; e a não convocação de 150 assistentes sociais após um concurso que acabou por expirar.

Ricardo diz que foi determinada por Covas para todo o secretariado a diretriz de "fazer mais com menos". As mudanças na assistência social fariam parte da implantação dessa filosofia.

"Logicamente nós achamos que havia possibilidade de renegociação [dos contratos com OSs]. Ele [Castro] pode até não concordar. Se não concorda, fez bem em sair, porque quem assumir vai ter que fazer mais com menos. Se não se sentiu capacitado a fazer mais com menos, tinha que sair. Não atende o perfil necessário de secretário exigido pelo prefeito Bruno Covas", diz Ricardo à reportagem.

O secretário municipal de Governo Mauro Ricardo - Sergio Zacchi - 16.fev.2012 /Folhapress

"Só temos a lamentar a atitude dele. Na realidade, nosso objetivo, de todo o secretariado, é de gastar menos fazendo mais. Esse é o espírito do decreto de renegociação de contratos nas áreas de saúde, assistência social, coleta e tratamento do lixo. O objetivo não é reduzir a qualidade nem a quantidade de serviços prestados, e sim fazer mais gastando menos. É isso que o prefeito Bruno Covas determinou a todo o secretariado. Se ele não quer fazer isso, fez bem em sair", complementa.

Ricardo defende que o corte de despesas é "como cabelo", precisa de ajustes permanentemente. A alternativa ao enxugamento contínuo seria "ampliar a arrecadação de IPTU e ISS a cada ano", o que não pretendem fazer.

O secretário de Governo assegura que a racionalização dos gastos certamente evitará a precarização do atendimento.

"Jamais vamos precarizar os serviços. Queremos fazer mais gastando menos, e não ampliar indefinidamente os gastos da prefeitura na área de assistência social. Até porque temos diversas outras áreas de governo que precisam prestar serviços à população. Não foi, não é e não será jamais o objetivo da administração Covas [precarizar os serviços]", diz.

No caso da assistência social, afirma que algumas atividades da pasta passarão a ser executadas pelas secretarias de Saúde ou de Educação, evitando a duplicação de gastos.

Além disso, diz que "a formação das equipes [de assistência social] pode ser dimensionada de tal forma que consiga atender bem com equipe menor, usando estruturas da secretaria de Saúde, como Upas, UBSs, e não replicando estruturas da Saúde na Assistência Social".

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