Mortes: Ciclista italiano, foi ativista da modalidade no Brasil
Angelo Codicasa foi diretor da Federação Paulista de Ciclismo entre as décadas de 1960 e 1980
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Ninguém sabe ao certo quando começou a relação entre Angelo Codicasa e o ciclismo. A verdade é que o italiano, que chegou ao Brasil em 1951, sempre amou a modalidade. Foi ciclista da juventude até a velhice. Mesmo quando se aposentou da atividade nas pistas, continuava a pedalar em casa.
Assim que veio para São Paulo, montou uma confecção. Sempre dividiu o tempo entre o trabalho e o ciclismo. Sua ideia era levar o esporte aos clubes de futebol. Fundou as equipes do Corinthians, do Palmeiras e da Portuguesa.
Foi também diretor da Federação Paulista de Ciclismo entre as décadas de 1960 e 1980.
O esporte era tão presente em sua vida que presenteava a neta mais velha, Carolina Codicasa, 25, com bicicletas.
Primeiro foi um triciclo, depois uma bicicleta cor-de-rosa cheia de enfeites e com rodinhas. A terceira e última foi sem o auxílio das rodas, quando ele ensinou a neta a andar dessa forma.
Nos últimos anos, Codicasa participou das transmissões de ciclismo da ESPN, ao lado do comentarista Celso Anderson, de quem se tornou um grande amigo. A família aguardava ansiosamente cada participação.
A neta gravava todos os programas. Com um sotaque carregado, mantinha o tom crítico nos comentários.
Sempre eram direcionados: “Senhor governador, por favor, vamos reabrir o velódromo da USP”, falava.
Segundo os amigos e familiares, a reitoria da universidade já tinha autorizado a reabertura, mas era necessário um patrocínio, que ele conseguiu.
Acertou os detalhes com o patrocinador, mas na manhã seguinte, 18 de setembro, não acordou.
Angelo Codicasa morreu aos 83 anos, de causas naturais. Ele deixa a esposa, três filhos e cinco netos.
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