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Descrição de chapéu Rio de Janeiro

Funcionário de bar é morto com tiro na cabeça ao voltar da Lapa, no Rio

Francisco Paulo, 26, foi atingido em São Cristóvão; PM diz que havia criminosos armados na comunidade

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São Paulo

Francisco Laelson Paulo, 26, gerente de bar, foi atingido por um tiro na cabeça quando voltava para casa, por volta das 7h deste sábado (9), na comunidade Barreira do Vasco, em São Cristóvão. Ele não resistiu aos ferimentos e morreu no local.

Policial do Bope durante inauguração da nova Unidade de Policia Pacificadora na favela da Mangueira, zona norte do Rio - Rafael Andrade - 3.nov.2011/Folhapress

Em nota, a assessoria da Polícia Militar do Rio de Janeiro informou que equipes do Grupamento Tático de Polícia de Proximidade realizavam patrulhamento quando foram alertadas da presença de criminosos armados na comunidade. 

Moradores e testemunhas afirmaram, ao jornal O Globo, que os tiros partiram da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) da região e que não havia operações policiais ocorrendo. 

Ao chegarem no local, ainda segundo a nota, os policiais foram alvo de disparos e houve confronto. Francisco foi atingido no fogo cruzado e não resistiu aos ferimentos. 

Moradores da comunidade relataram ao Globo que estão revoltados e que Francisco é mais um inocente que morreu pelas mãos da polícia. 

De acordo com 13º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado em setembro, o número de pessoas mortas pela polícia no país bateu recorde em 2018. No Rio de Janeiro,  nesse período, 22,8% das mortes violentas foram cometidas por agentes de segurança. 

As mortes por policiais mantêm a tendência de alta ao menos desde 2016 (antes os dados eram menos confiáveis). Houve alta de 20% em 2018 sobre 2017 e de 47% em relação a 2016.

Uma análise do perfil dos mortos pela polícia no Brasil mostra que a maior parte das vítimas é negra (75,4%), estudou apenas até o ensino fundamental (81,5%) e tem entre 18 e 29 anos (68,2%).

Neste domingo (10), a PM informou que os policiais envolvidos na ação foram presos após serem autuados pela coordenadoria de polícia pacificadora por desobediência de ordem e descumprimento de missão, ambos crimes militares.

A prisão não decorreu da morte do morador, mas sim pela quebra dos protocolos da corporação, explicou a PM. A morte do gerente de bar está sendo apurada pela Delegacia de Homicídios, em paralelo ao Inquérito Policial Militar.

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