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Minas tem terceira morte por suspeita de contaminação de cerveja

17 pessoas foram internadas em MG com doença supostamente ligada a cerveja da Backer

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Geórgea Choucair
Belo Horizonte

A Polícia Civil de Minas Gerais confirmou a morte de mais uma pessoa com sintomas da síndrome nefroneural, doença que estaria relacionada a contaminação de cervejas da marca Backer.

Investigações sugerem que a doença é causada por contaminação por dietilenoglicol, substância encontrada em garrafas da cerveja Belorizontina e Capixaba, da fabricante mineira.

O paciente morreu na manhã desta quarta-feira (15), em Belo Horizonte. É a segunda morte confirmada pela doença. Há um terceiro caso suspeito, em Pompéu (MG).

Cervejaria Backer, produtora da cerveja Belorizontina, em Minas Gerais, que também teve lote da cerveja Capixaba tido como contaminado - Júnia Garrido/Futura Press/Folhapress

O paciente, cujo nome não foi divulgado, estava internado no Hospital Mater Dei, na capital mineira. O corpo será encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML), onde passará por exames e procedimentos de perícia.

A morte de uma mulher de 60 anos em Pompéu (a 174 km de Belo Horizonte) foi notificada pela prefeitura do município mineiro, mas ainda não contabilizada pela polícia. A Secretaria de Saúde de Pompéu diz que a paciente esteve em Belo Horizonte a passeio na casa de parentes entre os dias 15 e 21 de dezembro no bairro Buritis, na região oeste da capital. 

De acordo com a pasta, ela apresentou os sintomas da síndrome nefroneural e morreu em 28 de dezembro. O Pronto Atendimento onde estava internada entrou em contato com a família, que relatou que a mulher bebeu a cerveja Belorizontina.

A diretora de marketing da Backer, Paula Lebbos, pediu na terça-feira (14) que os consumidores não bebam as cervejas Belorizontina e Capixaba, independentemente do lote.

Mais casos suspeitos estão sendo notificados por prefeituras mineiras. Em Itaúna (a 83 km de Belo Horizonte), uma jovem de 23 anos está em observação em hospital com suspeita da síndrome nefroneural. Ela bebeu nos últimos dias a belorizontina, da Backer, de um dos lotes suspeitos de contaminação. Ela procurou o pronto-socorro depois do consumo da cerveja. Já foram coletados os exames de sangue e enviados para averiguação à Fundação Ezequiel Dias, em Belo Horizonte. 

Em Araxá (a 365 km de Belo Horizonte), também foi notificado outro caso suspeito de contaminação por ingestão da Belorizontina. O paciente foi atendido na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) com alguns sintomas típicos da intoxicação. A secretaria aguarda o resultado para confirmação ou não da suspeita.
A Polícia Civil mineira trabalha com 18 casos sob investigação, sendo quatro confirmados, dois deles morte.

Os casos notificados foram confirmados em Belo Horizonte (12) e em Ubá, Viçosa, São Lourenço, Nova Lima e São João Del Rei. A Secretaria também não finalizou as análises do caso da mulher de Pompéu.

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