Siga a folha

Promotoria de MG denuncia homem que usou braçadeira nazista em bar

Caso foi registrado na cidade de Unaí, em dezembro de 2019

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

Belo Horizonte

O Ministério Público de Minas Gerais denunciou nesta quarta-feira (22) o homem que foi flagrado com uma braçadeira vermelha e símbolo da cruz suástica, similar ao modelo usado por nazistas, em um bar de Unaí, a 400 km de Belo Horizonte, em dezembro. 

José Eugênio Adjuto foi denunciado com base no artigo 20 da lei 7.716/89, que prevê pena de reclusão a quem fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda que utilizem a cruz suástica ou gamada, para fins de divulgação do nazismo. A pena é de dois a cinco anos e multa.

Homem usa braçadeira com símbolo nazista no interior de Minas - Arquivo pessoal


Segundo a Promotoria, as investigações apontaram que Adjuto tinha posicionamentos extremistas e conhecimento histórico sobre a Segunda Guerra Mundial e sabia o que o símbolo representava, além de ter fabricado a faixa artesanalmente. 

Em depoimento à Polícia Civil, em dezembro, Adjuto disse que descobriu em pesquisas na internet que a suástica era usada como amuleto de sorte antes de ser usada pelo Partido Nazista na Alemanha.

O delegado responsável pelo caso, Leandro Coccetrone, concluiu que, pelo histórico encontrado em seu computador, Adjuto conhecia a ligação entre o símbolo e a ideologia do partido liderado por Adolf Hitler e responsável pelas mortes de milhões de pessoas, na primeira metade do século 20.  

Em depoimento à polícia, o acusado alegou ainda que sofria de depressão e ansiedade. A repercussão do fato nas redes sociais fez com que o inquérito fosse aberto ainda no dia 16 dezembro, dois dias depois de ele ser fotografado e filmado com o adereço.

Na noite do episódio, a Polícia Militar foi acionada e chegou a ir ao local, mas, segundo testemunhas, os policiais não abordaram o homem. Em nota, a PM disse que ele foi orientado a tirar a faixa do braço.

Na época, os policiais registraram um boletim de ocorrência interno, que é encaminhado pelo Comando da Unidade. Um procedimento administrativo foi instaurado para apurar se a atuação e o protocolo adotado foram adequados. 

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas