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Descrição de chapéu Obituário António Louro (1926 - 2020)

Mortes: Pioneiro do MTST do Rio, foi apaixonado pelas artes

António Louro foi pioneiro do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto do Rio de Janeiro

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São Paulo

António Louro era engenheiro, mas apaixonado por pintura, dança e todo tipo de arte e cultura.

Frutas e vinho protagonizavam quase todos os encontros com o amigo, o livreiro José Carlos Rodrigues, 64. Ambos se conheceram na Eco-92.

"Ele era uma das pessoas mais inteligentes que conheci na vida. Morou em vários países e falava muitos idiomas. Entre seus feitos, ajudou na construção da banca de livros Árvore do Saber, localizada no bairro da Glória, Rio de Janeiro" afirma José.

António Louro (1926-2020) - João Pinna

Nascido em Rosmaninhal, em Portugal, António mudou-se para o Rio de Janeiro aos 30 anos. Lá, conheceu a esposa, a advogada Marlene Louro, 80. O casamento durou 54 anos, até sua morte.

Sua vida foi marcada por conflitos. Atuante no movimento cultural antifascista de Portugal, lutou contra o colonialismo português pela libertação do povo de Angola.

No Brasil, foi apanhado pelo golpe militar, detido, enviado para a prisão e torturado em virtude da luta antirracista contra o imperialismo português na defesa da libertação das colônias portuguesas. Também lutou contra a ditadura brasileira.

António fundou a Fist (Frente Internacional dos Sem Teto), no Rio. "Ele foi pioneiro do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto do Rio de Janeiro e cooperou com o Movimento Nacional de Luta pela Moradia e a Central de Movimentos Populares em todo o país.

Ele estava nas primeiras ocupações urbanas no Rio, nas ruas Mem de Sá e Riachuelo", afirma André de Paula, 70, advogado e membro da coordenação da Fist.

Nos últimos tempos, passava o tempo na Fist e com leituras. Marlene resumiu sua missão em amor ao próximo. António Louro morreu no dia 23 de fevereiro, aos 93 anos, de pneumonia. Deixa a esposa.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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Erramos: o texto foi alterado

António Louro foi pioneiro do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) do Rio de Janeiro, e não do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra). O texto foi corrigido.

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