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Trânsito menor faz poder público aumentar obras em vias de SP

Redução no fluxo permitiu ampliar horários de intervenção para obras de zeladoria

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São Paulo

Com a movimentação de veículos e de pedestres bem abaixo da média devido à quarentena decretada para conter o avanço do novo coronavírus, a Prefeitura de São Paulo e empresas que usam o sistema viário da cidade aproveitaram o baixo fluxo para agilizar obras.

Embora venha crescendo aos poucos nos últimos dias, o trânsito na capital paulista chegou a cair 92% em relação ao começo de março, segundo monitoramento feito com dados do aplicativo Waze.

A Secretaria Municipal de Subprefeituras, que cuida da maior parte das obras de zeladoria urbana, diz que solicitou à CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) a ampliação do horário de trabalho das empresas que fazem recapeamento e manutenção da malha viária.

De acordo com a prefeitura, as equipes passaram a atuar em período integral em 65 vias da cidade, podendo trabalhar a qualquer hora do dia, de modo a reduzir o tempo de intervenção.

A gestão Bruno Covas (PSDB) afirma ainda que a redução no trânsito permitiu que serviços como capinação, limpeza de córregos, tapa-buracos, limpeza de bocas de lobo e manutenção de galerias, entre outros, fossem realizados com mais eficiência e em menos tempo.

Esses serviços, diz a prefeitura, são essenciais para evitar doenças que acontecem nesta época do ano, como a dengue.

Uma portaria publicada em abril pela pasta das subprefeituras obriga o uso de máscara de todos os trabalhadores contratados para fazer a manutenção e a conservação da malha viária, a readequação de calçadas e os serviços de zeladora.

No primeiro trimestre deste ano (de janeiro a março), a CET diz que sinalizou 134 mil m² de vias da cidade, contra uma média de 90 mil m² no mesmo período de anos anteriores.

A SPTrans (que cuida dos ônibus municipais) diz que, entre 24 de março (quando começou a quarentena oficialmente no estado) e 22 de abril, tapou 1.435 buracos em corredores e faixas exclusivas de ônibus, média de 50 por dia. Esses serviços costumam ser feitos entre as 21h e as 4h, horário de menor impacto na circulação do transporte.

Com as medidas de distanciamento, a demanda pel transporte público caiu e, consequentemente, também a oferta. Com menos trens da CPTM em circulação, a SPObras (empresa municipal que executa projetos da prefeitura) diz que conseguiu fazer uma obra emergencial sobre os trilhos da companhia em prazo menor, aproveitando os desligamentos da rede.

Para garantir a segurança dos trabalhadores, a SPObras diz que faz escalas de trabalho, mede a temperatura dos funcionários duas vezes ao dia e fornece equipamentos de proteção como máscara e gel antisséptico.

Por outro lado, a Secretaria de Infraestrutura e Obras precisou suspender a construção da galeria do Córrego Anhanguera. Ocorre que, como os trabalhos são feitos num espaço confinado, dentro de um túnel de 5 m², com baixa ventilação e embaixo da terra, a obra colocaria em risco a segurança dos trabalhadores.

No âmbito estadual, a Sabesp informou à reportagem que, com o trânsito menor, intensificou os trabalhos de substituição de redes de distribuição de águas.

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