Siga a folha

Descrição de chapéu Obituário Carlos Parada Ferreira (1933 - 2020)

Mortes: Acreditou na educação como fortalecedora da sociedade

Para Carlos Parada Ferreira, a troca de ideias significava a abertura da mente para o mundo, diz a filha

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

São Paulo

Na vida do paulistano Carlos Parada Ferreira dificuldade nunca significou derrota. De família humilde —mãe lavadeira e passadeira, e o pai funcionário de uma loja de jogo do bicho, quando a prática era legalizada—, Carlos correu atrás da possibilidade de estudar e formou-se dentista pela USP em 1958.

Exerceu a profissão por alguns anos, mas optou por dedicar-se ao ensino universitário de bioquímica. Sentia-se realizado em dar aulas.

Carlos Parada Ferreira (1933-2020) - Arquivo pessoal

Encantava os alunos com a boa conversa e professava sua crença na educação como fortalecedora da sociedade.

Para ele, a troca de ideias significava a abertura da mente para o mundo, diz a filha, a historiadora e professora universitária Jussara Parada Amed, 57.

Carlos construiu sua história na Unisa (Universidade de Santo Amaro). Quando a universidade ainda era chamada de Osec (Organização Santamarense de Educação e Cultura), foi um dos fundadores do curso de medicina, uma de suas paixões.

Até o encontro com o amor de sua vida teve por cenário a educação. Conheceu Antonieta Damia Parada quando era seu professor no cursinho. Casaram-se, e passou o resto da vida apaixonado por ela.

Professor Parada, como também era conhecido pelos alunos, tinha outros atributos. Bem-humorado, adorava trocadilhos. Modesto, fugia dos holofotes da vida.

Coordenou e escreveu um livro sobre bioquímica e colaborou na confecção do livro sobre a história da faculdade de medicina de Santo Amaro.

Viajar estava entre suas atividades preferidas, até porque acreditava que as experiências e vivências estavam nas viagens, nos lugares que visitava.

Criava vínculos fortes com as pessoas e abria as portas de sua casa a todos aqueles que quisessem discutir política, compartilhar conhecimentos e assuntos relacionados à universidade.

Corintiano fanático, trazia situações do futebol para o dia a dia. "O Pelé ensinou para a gente que, enquanto o juiz não apitou, vale tudo. Tem que tentar", dizia a todos.

Carlos Parada Ferreira morreu no dia 23 de maio, aos 87 anos, após sofrer uma parada cardíaca. Deixa a esposa, três filhos, duas noras, um genro e oito netos.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

Veja os anúncios de mortes

Veja os anúncios de missa

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas