Mortes: Amou a música clássica além das teclas do piano
Rosana Maria Martins aprendeu piano aos dois anos de idade
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O primeiro contato da carioca Rosana Martins com a música ocorreu dentro de casa. A mãe havia estudado canto lírico. Aos dois anos, ganhou do avô um piano de brinquedo e a avó lhe ensinara leitura musical.
Rosana tinha os estímulos familiares, mas também um coração predestinado a amar a música clássica.
Aos dois anos, aprendeu piano.
Pouco tempo depois, participou e ganhou um concurso da TV Tupi. Através dele conheceu o também pianista Nelson Freire. A amizade durou toda a vida.
Ainda criança ganhou outros concursos e participou de concertos no Theatro Municipal do Rio de Janeiro.
Aos 16, Rosana viajou a Londres para estudar piano. Dois anos depois, com o mesmo objetivo, mudou-se para Nova York, onde casou-se com o primeiro marido, Alan Silver, um produtor responsável pela gravação de grandes pianistas. Ainda teve passagens pela França e Alemanha antes de retornar ao Brasil.
Rosana venceu o Concurso Internacional da Juventude Musical, em Berlim, e conheceu o pianista Arthur Rubinstein.
Depois de Alan, vieram outros relacionamentos. O último com Arthur Moreira Lima, que também rendeu uma parceria profissional. Rosana foi produtora do ousado projeto do lançamento da discografia com 41 CDs do pianista.
Na capital paulista, trabalhou como conselheira na Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, nos tempos de John Neschling. Rosana chegou a gravar um disco de sonatas de Mozart. A obra foi premiada nos EUA.
Apesar de ter deixado o piano antes dos 20 anos, nunca abandonou a música. O filho, o programador Albert Winston Silver, 50, conta que Rosana se transformou numa espécie de produtora e relações públicas de artistas, e abria oportunidade a novos talentos. Ela era dona de uma cultura musical que ultrapassava as teclas do piano.
Rosana Maria Martins morreu dia 1º de julho, aos 72, de infarto. Deixa dois filhos e dois netos.
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