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Amapá tem protestos de moradores e rodízio de energia de seis horas

Justiça deu três dias para empresa solucionar falta de energia no Amapá; apagão ocorreu na terça (3)

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Rio de Janeiro

O apagão que ocorreu no Amapá na terça-feira (3) e ainda não foi completamente solucionado tem motivado protestos de moradores. Pneus foram queimados e vias foram interrompidas com galhos e pedaços de madeira. De acordo com a Polícia Militar, os atos ocorreram principalmente na capital, Macapá.

Ainda conforme informações da PM, desde terça já foram registrados cerca de 40 protestos. Desde sábado (7) até a noite deste domingo (8), foram pelo menos 18 manifestações. Não há informações sobre prisões.

Crise de energia provoca protestos no bairro de Santa Rita, em Macapá, no fim de semana - Rudja Santos/Amazônia Real

No sábado, quinto dia de apagão no Amapá, relatos apontam que alguns bairros de Macapá começaram a registrar um retorno gradual da energia. A situação, porém, não se reflete em toda a cidade. Segundo moradores ouvidos pela Folha, alguns locais continuavam sem luz pela manhã, e havia insegurança sobre a duração do retorno da energia.

Em nota, o governo do Amapá informou que os municípios afetados pelo apagão já estão com 70% do sistema de abastecimento restabelecido.

Neste domingo, algumas cidades do estado iniciaram um rodízio de fornecimento de energia elétrica. O sistema funcionará com duração de pelo menos seis horas em cada região.

O esquema foi feito pela CEA (Companhia de Eletricidade do Amapá). O rodízio teve início às 6h deste domingo em Macapá, Santana, Tartarugalzinho, Amapá, Calçoene, Ferreira Gomes, Porto Grande e Serra do Navio.

O estado ficou sem energia elétrica após incêndio em subestação de distribuição de energia elétrica. A queda do fornecimento de energia atingiu a capital, Macapá, e outros 13 dos 16 municípios do estado, onde vivem 782 mil pessoas —cerca de 90% da população estadual. Apenas Oiapoque, no extremo norte, e Laranjal do Jari, no extremo sul, não sofreram com a falta de eletricidade.

De acordo com a CEA, a medida foi tomada a partir da recomposição do transformador da Subestação Isolux, que possibilitou a conexão com o Sistema Interligado Nacional (SIN), e do aumento de carga da Usina de Coaracy Nunes, que garantiu a segurança energética para a distribuição.

Segundo o diretor-presidente da CEA, Marcos Pereira, a partir do funcionamento do transformador foi possível atender 60% da população do estado.

Ainda de acordo com Pereira, os locais que ainda não têm o serviço estão sendo inspecionados. Segundo ele, essas ocorrências são decorrentes de problemas isolados em trechos específicos da rede.

A CEA informou ainda que rodízio ocorrerá até a garantia de oferta de 100% de energia, com a conclusão da implantação dos geradores da Subestação Isolux. Os detalhes do rodízio estão no site governo do Amapá: https://www.portal.ap.gov.br/noticia/0711/cea-inicia-rodizio-no-fornecimento-de-energia-no-amapa.

O rodízio não ocorrerá nas unidades que prestam serviços essenciais como hospitais, unidades de pronto atendimento, bancos e empresas de telecomunicações. Nesses locais, segundo a CEA, há fornecimento de energia 24 horas.

A Justiça Federal do Amapá deu prazo de três dias para que a empresa Isolux solucione o problema da falta de energia elétrica no estado, sob pena de multa de R$ 15 milhões para o caso de descumprimento. A decisão foi proferida pelo juiz federal plantonista João Bosco Costa Soares da Silva.

Ele determinou ainda a criação de um grupo de trabalho composto pelo ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, um representante da Eletrobrás, um da Eletronorte, um da Isolux e outro da Companhia de Eletricidade do Amapá.

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