Mortes: Misturou lições de vida a petiscos e frases positivas
Durante cerca de 30 anos, Wanda Paladino Menke lecionou para a 4ª série do ensino fundamental
Já é assinante? Faça seu login
Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:
Oferta Exclusiva
6 meses por R$ 1,90/mês
SOMENTE ESSA SEMANA
ASSINE A FOLHACancele quando quiser
Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.
Além dos deliciosos petiscos que preparava a base de tomate seco, abobrinha, berinjela e sardela, entre outros, Wanda Paladino Menke, mais conhecida como Wandinha ou dona Wanda, espalhava suas mensagens de otimismo.
“Felipe, sempre tenha pensamentos positivos porque quando você pensa muito, acontece”, ela dizia ao neto Felipe Luchetti Menke.
Filha de Alfredo Paladino e de Laura de Lorenzo Paladino, Wanda estudou na Faculdade Paulistana e trabalhou durante cerca de 30 anos como professora da 4ª série do ensino fundamental no Colégio Dante Alighieri, no Jardim Paulista.
Em 1976, casou-se com Frederico Guilherme Menke e no ano seguinte teve o primeiro e único filho, Eduardo Guilherme Menke.
À nora Bianca referia-se como “a filha que nunca tive”. Ela e Eduardo deram-lhe os melhores presentes da vida, os netos Felipe e Guilherme.
Avó adocicada, ao lado dos netos era a amiga, companheira e professora, pois ensinou a eles lições que se aprendem na escola e outras que a vida determina a importância como o sentimento de gratidão: ser grato pelas oportunidades oferecidas e pela família, por exemplo.
Dona Wanda morava ao lado do Clube Pinheiros, na zona oeste da capital paulista, local que, até o início da pandemia, frequentou diariamente para praticar atividade física, jogar boliche e cartas com as amigas.
O clube que tanto gostava também cedia espaço para que exercesse a caridade. Wanda se reunia com as amigas para produzir peças em crochê, que eram comercializadas em um bazar e o dinheiro arrecadado a entidades carentes.
Caminhar ao lado dela na rua exigia tempo livre. “Toda vez que a gente ia para a casa da vó Wanda era sempre uma demora, porque toda hora ela encontrava uma amiga no caminho e não perdia a chance de boa conversa”, diz o neto Guilherme Luchetti Menke.
Wanda Paladino Menke morreu no dia 30 de novembro, aos 82 anos, por complicações de Covid-19. Viúva, deixa um filho, a nora, dois netos e uma irmã.
Receba notícias da Folha
Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber
Ativar newsletters