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Descrição de chapéu Obituário Admir Machado (1943 - 2021)

Mortes: Escolheu a Amazônia como sua última companheira

Atualmente, Admir Machado morava e trabalhava no Acre

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São Paulo

O vasto bigode era uma característica marcante de Admir Machado, um aventureiro que viveu em busca da liberdade e de novos horizontes. Entre vitórias e derrotas, sonhou, tentou e fracassou, mas nunca desistiu.

Nascido em Presidente Prudente (a 558 km de SP), era filho de um comerciante e uma dona de casa, e o mais velho de três irmãos.

O fato de ser bastante comunicativo facilitava o relacionamento interpessoal.

Admir Machado (1943-2021) - Arquivo pessoal

Após vários anos em colégios internos —por pouco não se tornou padre—, trabalhou como aprendiz de hotelaria, ator no Teatro Estudantil Prudentino e jogador de futebol com destaque na várzea prudentina.

Segundo o professor universitário, Benedito Honório Machado, 64, seu irmão, apesar de Admir sonhar com a medicina, partiu para os caminhos do Direito e da Educação Física. Escolheu como carreira a de professor em colégios da rede estadual.

Ainda em Presidente Prudente foi agricultor, granjeiro, vendedor de livros médicos, de bolsas de material esportivo e de máquinas fotocopiadoras.

Sem perspectivas de realização profissional, Admir deixou o interior paulista rumo ao garimpo no rio Madeira, que banha os estados de Rondônia e Amazonas, e depois no seio da floresta amazônica.

Admir sobreviveu a todas as vezes que contraiu malária e também a um câncer, há cerca de 20 anos.

Os empreendimentos iniciados em Porto Velho e Rio Branco não foram bem-sucedidos e ocasionaram prejuízo financeiro. O complexo empresarial que queria construir nunca saiu do papel.

Nos últimos anos, dedicou-se à telefonia rural no Acre e a floresta amazônica passou a ser a sua companheira e o seu ambiente natural.

“Os amigos contam que mesmo aos 77 anos de idade ele escalava as torres de telefonia rural nas fazendas do interior do Acre, talvez para olhar e finalmente descobrir, do alto, todos os tesouros perdidos num horizonte que ele não conseguia alcançar”, afirma Benedito.

Admir Machado morreu dia 2 de janeiro, aos 77 anos, em decorrência da Covid-19. Deixa seis filhos, esposa, irmãos, tias e amigos.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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