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Descrição de chapéu Obituário Benedito Edivaldo de Castro (1960 - 2021)

Mortes: Amava o Carnaval e estar perto da mãe e dos amigos

Benê amava brincar o Carnaval fantasiado de nega maluca

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São Paulo

Poucos dias antes de morrer, Benedito Edivaldo de Castro, o Benê, presenteou a mãe Elisa de Castro, 92, pela última vez.

No fim de semana do Dia das Mães, deu a ela a oportunidade de rever o mar, encontro que foi raro na vida de quem ele adorava ver sorrir. Elisa só viu o mar na infância e após muitos anos com os patrões para quem trabalhou.

Benê parou de estudar no primeiro ano do segundo grau para ajudar a mãe. Dedicou-se a ela e ao trabalho.

Benedito Edivaldo de Castro (1960-2021) com a mãe Elisa e o companheiro Marcelo (à dir.) - Arquivo pessoal

De experiência profissional eclética, foi empresário no ramo de perfumaria, bancário, camelô e vendeu cachorro quente na r. 25 de Março, segundo o garçom Marcelo Alves de Santana, 42, seu companheiro. Os dois se conheceram há 23 anos no largo do Arouche e logo iniciaram um relacionamento.

Benê amava o Carnaval e extraiu dele a alegria que o acompanhou na vida. Divertia-se perto dos amigos, da mãe, do amor e com uma cerveja por perto.

Sorridente e sempre com uma brincadeira na ponta da língua, Benê tinha dificuldade para dizer não e se esforçava para espantar a tristeza dos outros. “Ele gostava de ver o sorriso na cara das pessoas”, diz Marcelo.

Para brincar o Carnaval na rua, fantasiava-se de nega maluca. Benê incorporou a personagem porque gostava de dançar. Na Zona Norte, onde morava, tornou-se figura ilustre da festa.

Com diabetes e problemas pulmonares, Benê não resistiu à insuficiência renal. Morreu dia 20 de maio, aos 61 anos. Deixa a mãe, quatro irmãos, o companheiro e a gatinha Pita.

“Ele me mostrou a vida, o trabalho e a dignidade. Foi um grande guerreiro ao morrer lutando. No seu grande legado, deixou a vontade de viver”, afirma Marcelo.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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