Mortes: Ativista da causa LGBTQIA+, foi uma das referências da área no país
Alexandre Böer fundou a ONG Somos e abriu caminho para a pauta LGBTQIA+
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Inteligente e articulado, o ativista Alexandre Böer não tinha medo de se posicionar ou de fazer os discursos quer julgava necessários. Disponível para abrir caminhos na pauta LGBTQIA+, “era um criador e construtor de coisas”, segundo Gabriel Galli, 31, jornalista e um dos diretores da ONG Somos.
Böer fundou a entidade, que começou em sua casa. Com amigos, construiu um trabalho que virou referência para ativistas.
Foi representante e diretor em importantes organizações, como a ABGLT (Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais) e a Associação Internacional de LGBTQIA+, e chegou a acompanhar diretamente as articulações do movimento na ONU (Organização das Nações Unidas).
Böer era reconhecido como um dos mais importantes ativistas da causa LGBTQIA+ no país, com atuação política internacional. Militou no movimento de Luta contra o HIV e a Aids e participou do Gapa (Grupo de Apoio à Prevenção à Aids) do Rio Grande do Sul.
Jornalista formado pela Unisinos (Universidade do Vale do Rio dos Sinos) com especialização no campo da saúde pública pela Urgs( Universidade Federal do Rio Grande do Sul), Böer também foi artista e patinador. No teatro, atuou
como ator e diretor.
Segundo Galli, ele foi um dos primeiros coordenadores de políticas públicas para LGBTQIA+ no Brasil e o primeiro diretor de uma pasta voltada ao tema em Porto Alegre.
O ativista ajudou a criar o setor LGBT do PT, mas estava filiado ao PSOL. Ele também foi um dos idealizadores do programa Brasil sem Homofobia, executado pelo governo federal.
Na vida, contou com grande apoio da mãe, Marisa, que apoiou sua militância e o ajudou a lidar com a discriminação. Ela foi propagadora da importância de mães apoiarem os filhos LGBTQIA+.
Böer era solteiro e não tinha filhos. A causa da morte, ocorrida no dia 21 de junho, aos 57 anos, não foi informada.
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