A professora Olga Thereza Bechara não só lutou por uma educação pública de qualidade como também deixou marcas significativas em quem cruzou seu caminho.
Natural de Bragança Paulista (a 85 km de SP), Olga era filha de pai paulistano e de mãe carioca.
Em 1954, formou-se em Pedagogia na PUC (Pontifícia Universidade Católica) de Campinas (a 93 km de SP) e depois prestou concurso público para lecionar no estado. Foi professora do antigo curso normal.
Em Socorro (a 134 km de SP), no ano de 1959, ao lado da educadora Maria Nilde Mascellani, participou da implantação das Classes Secundárias Experimentais no Instituto de Educação Narciso Pieroni.
Além de ser uma das principais apoiadoras do projeto, Olga exerceu as funções de professora de matemática e de auxiliar de orientação pedagógica.
Nas aulas de matemática, foi pioneira na implantação de métodos inovadores. Como orientadora, levou técnicas de sociograma para a sala de aula.
Pouco tempo depois, protagonizou outra iniciativa pioneira e importante no campo das políticas públicas para a educação: os ginásios vocacionais —projeto experimental educacional desenvolvido no estado de São Paulo, mas que foi extinto pela ditadura militar.
Olga continuou seus estudos. Concluiu mestrado (1978) e doutorado (1987), ambos na USP.
Mesmo aposentada, dava palestras e continuava em contato com o mundo educacional.
“Olga incentivava todo mundo a estudar. Era uma pessoa cativante, de fé e muito católica. Foi engajada nas iniciativas pastorais da Arquidiocese de São Paulo”, diz a professora aposentada Lydia Bechara, sua irmã.
Olga Thereza Bechara morreu dia 18 de junho, aos 88 anos, em decorrência de problemas cardíacos. Solteira, deixa cinco irmãos, sobrinhos e sobrinhos-netos.
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