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Uma pessoa morre e cinco ficam feridas depois de queda de deque em festa no RS

Acidente ocorreu na noite de domingo (18), em evento irregular em uma das ilhas de Porto Alegre

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Porto Alegre

Uma mulher de 26 anos morreu e outras cinco pessoas ficaram feridas depois que um deque se rompeu e desabou na Ilha das Flores, em Porto Alegre, durante uma festa clandestina, na noite de domingo (18).

Ana Elisa Andrade Genaro Oliveira morreu na madrugada de segunda-feira, com suspeita de afogamento. A causa da morte ainda será confirmada pela autópsia.

Bombeiros prestam socorro às vítimas do desabamento; uma jovem de 26 anos morreu após acidente na Ilha das Flores, em Porto Alegre, no (18) - (Foto: Reprodução/RBS TV)

A Polícia Civil do Rio Grande do Sul estima que havia entre 80 e 100 pessoas no evento no momento do acidente —não há um número exato, porque não havia controle de entrada no local.

Cerca de dez pessoas teriam caído na água com o colapso da estrutura, número também baseado em estimativas preliminares.

Um homem, que seria o fotógrafo da festa, segue internado no Hospital Cristo Redentor, onde deve passar por cirurgia no tornozelo direito, segundo a assessoria do Grupo Hospitalar Conceição.

No local, onde funcionava um restaurante, conforme relatado em depoimentos prestados à polícia, estavam sendo realizadas duas festas de aniversário no domingo. Os responsáveis pelo espaço não retornaram o contato da reportagem até a publicação.

Segundo a delegada responsável pelo caso, Laura Lopes, além de lesão corporal (caso feridos queiram representar criminalmente contra os responsáveis) e homicídio, é investigado o crime previsto no artigo 268 do Código Penal — infringir determinação do poder público, destinada a impedir introdução ou propagação de doença contagiosa, que pode acarretar em pena de até um ano de detenção e multa.

“O que está sendo verificado é que, na verdade, havia uma festa ali, o que não poderia ocorrer”, afirma a delegada.

Ela afirma ainda que a polícia tem vídeos do evento que mostram, além da aglomeração, pessoas sem máscara.

Entre as pessoas que podem responder pelos crimes, a depender da conclusão do inquérito policial, estão o produtor da festa, o locatário do espaço responsável pelo restaurante e o dono do imóvel.

Até o momento, foram ouvidas seis pessoas, entre elas o produtor, o locatário e feridos. A delegada afirma, porém, que há dificuldade para localizar pessoas que estavam no evento e que possam prestar esclarecimentos sobre os fatos.

Peritos analisam estrutura colapsada na segunda-feira (19) - Tiago Baldasso/IGP/Divulgação

Segundo peritos do IGP (Instituto Geral de Perícias), que estiveram no local na segunda-feira, a estrutura colapsada tinha aproximadamente 50 m2 e teria se rompido devido ao excesso de peso causado pela aglomeração. Foram identificados ainda pontos no entorno dela que indicam falhas de conservação. O laudo ainda não foi concluído.

A prefeitura de Porto Alegre afirma que não há registro de alvará de funcionamento para o local do acidente, no imóvel de número 22. O único alvará registrado era para o imóvel de número 21, autorizando apenas funcionamento de bar e restaurante, não a festa.

Também não há registro de denúncia sobre o evento irregular à Guarda Municipal, segundo a prefeitura, que tem intensificado a fiscalização a festas clandestinas desde o início do ano.


Ainda de acordo com dados do poder público municipal, só na região do arquipélago da capital, foram realizadas nove vistorias no primeiro semestre de 2021 e uma marina irregular foi fechada na última quinta-feira.

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