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Tempestade Yakecan deixa mais de 200 mil sem luz no RS

Estragos materiais, no entanto, foram menores do que o esperado; ventos perdem força no estado, mas litorais de SC e PR seguem em alerta

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Porto Alegre

A passagem do tempestade Yakecan pelo Rio Grande do Sul, entre a noite de terça-feira (17) e madrugada de quarta-feira (18), terminou com uma morte e estragos materiais em dimensão menor do que a esperada pelas autoridades.

Na segunda-feira (16), de um homem de 51 anos morreu em uma pequena embarcação que trafegava no lago Guaíba, em Porto Alegre. Em Tramandaí, no litoral norte, o Hospital Tramandaí foi parcialmente destelhado por volta das 22h de terça-feira, mas não houve feridos.

A Defesa Civil do RS registrou ainda destelhamentos em Três Cachoeiras, também no litoral.

Os maiores estragos ocorreram na estrutura de distribuição de energia elétrica por conta de galhos e outros objetos arremessados pelas rajadas de vento contra a fiação. Aproximadamente 226 mil gaúchos amanheceram sem energia, somando os clientes das duas concessionárias que atendem o RS.

Homem corta árvore derrubada em estrada em São Francisco de Paula, na Serra Gaúcha, nesta quarta (18) - Evandro Leal/Agencia Enquadrar/Ag. O Globo

Conforme a CEEE (Companhia Estadual de Energia Elétrica), 182 mil clientes ficaram sem luz, incluindo a região metropolitana de Porto Alegre. Na área de cobertura da RGE (Rio Grande Energia), foram contabilizados 44 mil clientes afetados.

Pela manhã desta quarta-feira, ao menos dois municípios do litoral gaúcho estavam completamente sem luz: Mostarda e Tavares, que somadas têm 18.330 habitantes. Além da tempestade, a região enfrenta chuva forte contínua há mais de 13 horas, o que dificulta o reestabelecimento do serviço. A região também enfrenta problemas no sinal de internet.

Segundo as concessionárias de energia, as equipes de reparo foram reforçadas, mas a agilidade dependerá das condições do tempo.

Conforme o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), as rajadas de vento perderão intensidade nesta quarta-feira no RS, mas os alertas estão mantidos para os litorais de Santa Catarina e Paraná.

A previsão é que a chuva siga forte nesta quarta-feira no RS, mas que melhore a partir de quinta-feira (19). As regiões mais afetadas pela passagem do Yakecan terão pouca amplitude térmica, entre 10°C e 15°C. Na serra gaúcha, o frio deverá ser mais intenso nos próximos dias, com mínimas em torno de 5°C e ainda há chance de neve até o final da semana.

Em Porto Alegre, o prefeito Sebastião Melo (MDB) avaliou que os impactos da tempestade foram "menos drásticos do que o projetado" e anunciou que as aulas da rede municipal de ensino e escolas conveniadas serão retomadas na tarde desta quarta-feira. A rede de proteção social recebeu 568 pessoas em albergues, igrejas e no ginásio municipal Tesourinha para passar a noite.

Escolas e universidades de pelo menos 32 municípios gaúchos haviam suspendido atividades presenciais, a maior parte delas até o meio-dia desta quarta-feira.

Embora institutos de meteorologia locais tenham anunciado a possibilidade de rajadas de vento de até 160 km/h, os registros do Inmet estiveram de acordo com o previsto pela Defesa Civil nacional, na segunda-feira (16), com rajadas entre 60 km/h e 100 km/h.

Conforme o Inmet, a cidade que enfrentou as rajadas mais fortes foi São José dos Ausentes, a 95,7 km/h. Pelotas, na região sul, e Vacaria, nos campos de cima de serra, tiveram respectivamente rajadas de 87,1 Km/h e 83,1 Km/h.

A Yakecan foi reclassificada de ciclone para tempestade subtropical pela Marinha na segunda-feira (16), quando a Defesa Civil Nacional emitiu alerta sobre o fenômeno.

Os dois são sistemas de baixa pressão atmosférica que se movimentam em sentido horário no Hemisfério Sul. A diferença é a magnitude: tempestades são maiores do que ciclones, com ventos de até 117 km/h. A denominação subtropical se refere à temperatura, que é maior no núcleo do que na atmosfera ao redor dele.

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