Idoso de 79 anos suspeito de mais de 40 furtos é preso na cracolândia em SP
Segundo a polícia, ele cometeu o primeiro crime em 1970; no último processo, ele disse ser inocente
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Ação da Polícia Civil na região conhecida como cracolândia, no centro de São Paulo, resultou na prisão de de um idoso de 79 anos. Segundo a corporação, ele acumula 61 processos e 40 inquéritos policiais, todos por furto, sendo o primeiro crime de 1970.
Havia um mandado de prisão expedido contra ele desde março do ano passado por furto. A polícia o encontrou durante nova fase da Operação Caronte, na alameda Barão de Piracicaba, no bairro Campos Elíseos.
A operação, realizada em parceria entre as Polícias Civil e Militar e GCM (Guarda Civil Metropolitana), visa prender traficantes que atuam nos fluxos da cracolândia.
O mandado de prisão contra ele foi expedido em março de 2021, pouco mais de um ano da sua condenação a 1 ano e 3 meses, de janeiro de 2020. Ao ser condenado, a juíza concluiu que ele poderia responder em liberdade, o que foi reavaliado posteriormente.
Segundo o processo, ele furtou um celular em 14 de outubro de 2016, na rua Harry Danenberg, Parque do Carmo, zona leste. À época, o idoso negou o crime e a Defensoria Pública, que o defendia, disse não haver provas do crime.
Em juízo, ele contou que, à época, era vendedor de alho e limão no terminal Itaquera. Ele relatou que, ao ser abordado, tinha R$ 786 que eram de seu benefício do INSS e do que havia vendido. Acrescentou que morava sozinho num quarto alugado e não deixava o dinheiro em casa.
Consta do processo que ele morava em uma pensão na rua Helvétia, a poucos metros de onde ocorreu sua mais recente prisão.
Segundo o delegado Roberto Monteiro, da 1ª Delegacia Seccional Centro, responsável pelas ações na cracolândia, a polícia tinha conhecimento da permanência dele no fluxo que se instalou na alameda Barão de Piracicaba, e o monitorava.
Além do idoso, a polícia prendeu uma outra pessoa, também procurada.
Durante a operação, duas pensões foram vistoriadas. Os locais abrigavam dependentes químicos e não apresentavam condições de segurança ou higiene. Foi pedida à prefeitura a interdição dos locais.
A polícia afirmou ter apreendido dezenas de cachimbos, isqueiros, duas cadernetas com anotações do tráfico, uma máquina de cartões, porções de crack e R$ 223.
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