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PM suspeita de matar a irmã no RJ foi impedida de assumir cargo

Corporação relatou uso de entorpecentes e problemas com a família para reprová-la em concurso de 2014

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Rio de Janeiro

A policial militar Rhaillayne Oliveira de Mello, 30, presa por suspeita de matar a irmã Rhayna Olivera de Mello, 22, após uma discussão em São Gonçalo, no Rio de Janeiro, no sábado (2), chegou a ser impedida de assumir o cargo e teve que recorrer à Justiça para trabalhar na corporação.

A PM foi detida pelo próprio marido, Leonardo de Paiva Barbosa, que também é agente da corporação. A reportagem não conseguiu ouvir a defesa da policial —até a tarde desta terça-feira (5), ela ainda não tinha advogado e, na audiência de custódia, foi representada pela Defensoria Pública.

A Justiça do Rio determinou a prisão preventiva da suspeita, sem prazo para terminar.

Policiais de São Gonçalo (RJ); mulher foi baleada e morta durante briga com a irmã, no sábado (2) - José Lucena/TheNews2/Agência O Globo

Rhaillayne é policial militar lotada no 7º Batalhão da PM, que atua na cidade. Ela participou de um concurso público em 2014 que previa 6.000 vagas.

A então candidata entrou na Justiça após ter sido aprovada em 6 de 7 etapas seletivas para ingressar na PM. Foi reprovada na etapa de investigação social e documental. Segundo a corporação, Rhaillayne disse no exame que fez uso de substâncias entorpecentes em três ocasiões em 2013. Ela também relatou na época que não mantinha boas relações com o pai.

Conforme descrito na decisão do juiz Reinaldo de Assunção Romão, de setembro de 2018, Rhaillayne foi submetida a exames toxicológicos com resultado negativo, justificando assim a nulidade do processo que a impedia de ingressar no Curso de Formação da Polícia Militar.

De acordo com o inquérito sobre o crime do último sábado, as duas irmãs pegaram um carro de aplicativo e começaram a discutir depois de saírem de uma festa. Ao desembarcarem em um posto de gasolina no bairro do Camarão, a discussão se agravou.

Ainda segundo a investigação, Rhaillayne sacou a arma e disparou vários tiros contra a irmã. A policial teria usado a própria arma de trabalho.

O marido de Rhaillayne diz ter testemunhado o episódio e relatou durante a audiência que ela estava com sinais de embriaguez. Ele também disse que pediu para que ela parasse com os disparos, o que não ocorreu.

Outras pessoas dizem ter presenciado a discussão, como a atendente do posto Josiane Silva. "Elas vieram aqui da outra rua, onde tem vários bares, e já estavam discutindo lá. Elas vieram aqui para esse banheiro e começaram a discutir, até que aconteceu esse fato lamentável. Só escutei o barulho, muito, muito tiro", disse à TV Globo.

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