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Descrição de chapéu Obituário Flávio Duarte de Souza (1966 - 2022)

Mortes: Compromissado, lutou pela justiça em Santa Catarina

Flávio Duarte de Souza combateu o mau uso da máquina pública de seu estado natal

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São Paulo

O promotor de Justiça Flávio Duarte de Souza sempre foi um homem combativo. Muito expressivo, não poupava sua voz para defender o pleno cumprimento da Constituição.

Flávio nasceu em Brusque (SC), em 6 de dezembro de 1966. Em 1989, graduou-se em direito pela Universidade do Vale do Itajaí e, anos depois, especializou-se em processo civil pela Fundação Universidade Regional de Blumenau

Iniciou sua carreira como promotor de Justiça em 1992, em Rio do Sul, no oeste catarinense. Passou também pelas comarcas de Anchieta, Santa Cecília, São Joaquim, Chapecó e Timbó até se estabelecer na 6ª Promotoria de Justiça de Blumenau, que tem atuação na área da moralidade administrativa e execução penal.

Flávio Duarte de Souza (1966-2022) - Arquivo Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina

Moral era a palavra de ordem de Flávio. Nunca cansava de repeti-la. Ganhou fama ao não ceder aos abusos do poder público catarinense.

Investigou e puniu quem ousou utilizar da máquina estadual para benefícios marginais. Também denunciou e combateu, muitas vezes frente a frente, outros tantos.

Um dos trabalhos dos quais mais se orgulhava foi ter conduzido as investigações da Operação Regalia, que condenou 30 réus a penas que, somadas, ultrapassam 363 anos de prisão, por envolvimento em crimes graves como participação em facção criminosa, tráfico de drogas, corrupção e peculato.

Não gostava da alcunha, que lhe fora dada por moradores de Blumenau, de salvador. Sempre afirmou, com muita humildade, que só cumpria seu trabalho.

Flávio gostava de coisas simples. Estar com os que gosta, principalmente seus familiares, escutar a uma boa música e estudar seus casos eram seus passatempos favoritos. Também adorava acompanhar a política nacional, sobre a qual nunca opinava.

Fora do trabalho, sempre fora um homem amoroso e dedicado. Tanto com amigos, com os quais fazia questão de conversar todos os dias, quanto com a família, pela qual largava qualquer compromisso.

Era constantemente convidado para participações na mídia local. Adorava conversar sobre o combate aos malfeitores. Passava horas, sempre com suas características frases incisivas, falando sobre a necessidade de um Estado mais justo.

Flávio Duarte de Souza morreu, aos 55 anos, na madrugada da última sexta-feira (7), em Blumenau, após sofrer um AVC (acidente vascular cerebral). Deixa a esposa e duas filhas.

A Prefeitura de Blumenau decretou luto oficial de três dias pela morte do servidor.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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