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Quatro policiais civis são presos no Rio suspeitos de envolvimento com bicheiros

Ação é a segunda fase da investigação que teve o ex-secretário da PM como alvo; agentes negam

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Rio de Janeiro

Quatro policiais civis foram presos nesta quinta-feira (1) suspeitos de receber propina para não combater jogos de azar e prostituição no Rio de Janeiro. A ação é resultado de uma investigação da Promotoria que na quarta (30) já havia prendido dez pessoas e realizado busca e apreensão na casa do coronel Rogério Figueiredo, ex-secretário da Polícia Militar.

Foram presos os agentes Marcelo Flora Lemos, Alcino Luiz Costa Pereira, Alair do Rosário Ribeiro dos Santos Junior, Pietro Conti Rodrigues e Bruno Montes da Silva. Rodrigues já se encontrava preso devido a outra investigação que apontava o suposto vazamento de informações sigilosas.

A Folha não conseguiu ouvir seus advogados de defesa, que estão acompanhando a prisão nesta quinta. À Corregedoria, segundo a reportagem apurou, eles negaram envolvimento.

Anotações apontariam recebimento de propina, diz Promotoria - Divulgação

Segundo a investigação, os agentes cobravam vantagens indevidas de proprietários de locais de exploração de jogos de azar e casas de prostituição para permitir o funcionamento dos estabelecimentos.

Operação Fim de Linha

A Operação Fim da Linha, deflagrada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro na quarta, contou com apoio da Polícia Federal e a Promotoria de Santa Catarina.

Alvo de busca e apreensão, o coronel Figueiredo comandou a PM de janeiro de 2019 a agosto de 2021. Nomeado por Wilson Witzel, foi exonerado repentinamente num fim de semana por Cláudio Castro. À época, especulou-se que o atual governador fora informado sobre alguma investigação em curso contra o secretário.

A Folha não localizou a defesa do coronel. Em uma nota compartilhada em um grupo de oficiais ele disse ter recebido com surpresa e indignação a inclusão de seu nome no rol de pessoas envolvidas com contravenção penal.

Segundo ele, seu nome foi citado em uma troca de mensagens pelo WhatsApp. Nela, uma mulher afirma ser sua amiga, "coisa que jamais foi", acrescente ele. O coronel declarou tê-la encontrado duas vezes em festas de aniversário.

Ainda de acordo com ele, a mulher o mencionou no "intuito de se promover". "Essa tentativa de macular a minha carreira será devidamente contestada na Justiça", disse o coronel.

Em nota, a Polícia Militar afirmou que "não compactua com desvios de conduta e cometimento de crimes praticados por seus integrantes, punindo com rigor os envolvidos".

Sobre a operação desta quinta (1), a Polícia Civil disse que "instaurou PAD (Processo Administrativo Disciplinar) para apurar responsabilidade administrativa disciplinar dos servidores". "A Corregedoria também solicitou acesso às investigações e aguarda o envio dos documentos para andamento aos processos administrativos necessários", diz a nota.

A corporação acrescentou que "não compactua com nenhum tipo de desvio de conduta e atividade ilícita, reiterando seu compromisso de combate ao crime em defesa da sociedade".

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