Siga a folha

Polícia prende suspeito de roubar quadros na Estação Pinacoteca 15 anos depois

Crime ocorreu em junho de 2008 em São Paulo; entre as obras levadas e depois recuperadas estavam gravuras de Picasso e Di Cavalcanti

Assinantes podem enviar 5 artigos por dia com acesso livre

ASSINE ou FAÇA LOGIN

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

São Paulo

A Polícia Civil de Sorocaba, no interior de São Paulo, prendeu nesta quinta-feira (2) o suspeito de ser mentor intelectual de um roubo de obras de arte expostas na Estação Pinacoteca, na região da Luz, centro da capital paulista, em junho de 2008.

A prisão dele foi realizada durante a Operação Boomerang, criada para combater um grupo criminoso que controlava o tráfico de drogas e praticava outros crimes na região do bairro Vila Carol. Outros três homens foram presos. A identidade deles não foi divulgada.

Com eles, foram apreendidas porções de drogas e uma caneta metálica com capacidade de disparos de munição calibre 22.

Policiais seguram as gravuras "Mulheres na Janela", de Di Cavalcanti, e "O Casal", de Lasar Segall, que foram roubadas e recuperadas em São Paulo - Rogério Cassimiro - 7.ago.20008/Folhapress

No roubo à extensão da Pinacoteca, três ladrões armados entraram no local se passando por estudantes, retiraram os quadros das paredes e fugiram rendendo uma funcionária.

Naquela data, foram levadas duas gravuras de Pablo Picasso (1881-1973), avaliadas entre US$ 4.000 e US$ 6.000; outra do lituano naturalizado brasileiro Lasar Segall (1889-1957), estimada entre US$ 30 mil e US$ 40 mil; e um quadro do brasileiro Di Cavalcanti (1897-1976), avaliado em US$ 500 mil.

Todas as obras foram recuperadas posteriormente.

A polícia suspeita de que os ladrões tenham roubado as obras sem ter a quem vendê-las. "São amadores em relação à arte", disse, em agosto de 2008, o então diretor do Decap (Departamento de Polícia Judiciária da Capital), Aldo Galiano.

A fala de Galiano ocorreu durante a apresentação da gravura "Minotauro, Bebedor e Mulheres", do pintor espanhol Pablo Picasso. Ela foi a última dos quatro quadros roubados a ser recuperada.

O quadro foi encontrado intacto por policiais do 34º Distrito Policial (Vila Sônia), na zona oeste, na altura do km 15 da rodovia Raposo Tavares, após um telefonema anônimo.

Suspeitos carregam sacolas em imagem da câmera de segurança da Estação Pinacoteca - Reprodução

O local onde a obra foi achada é próximo à favela Paraisópolis, que havia sido cercada, quando uma primeira ligação informou à polícia que a gravura estava ali. Nenhum suspeito foi preso na operação.

Segundo a polícia, a obra foi deixada próximo à rodovia pelos ladrões, que teriam ficado "acuados" após o cerco à favela.

Em julho de 2008, cerca de um mês depois do crime, policiais civis localizaram a gravura "O Pintor e Seu Modelo", de Pablo Picasso, escondida em um prédio em Itaquera, na zona leste. Um homem foi preso naquela ocasião.

Ao ser questionado, o então diretor da Pinacoteca, Marcelo Araújo, confirmou a autenticidade da gravura. "A obra está em ótimas condições. Ela não foi nem mesmo retirada da moldura. Nós estamos muito contentes e satisfeitos pela localização e pelo estado em que a obra foi encontrada."

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas