Antigo prédio da Telesp no centro de SP será transformado em condomínio residencial
Retrofit faz parte da tentativa de revitalizar a região central; prédio também deve ter galeria de lojas
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O antigo prédio da Telesp, no número 295 da rua 7 de Abril, no centro de São Paulo, vai passar por um processo de modernização e será transformado em condomínio de apartamentos residenciais e galeria de lojas.
O retrofit foi autorizado pela Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento. O alvará de aprovação foi publicado no último dia 14 no Diário Oficial do Município e faz parte de um programa da gestão Ricardo Nunes (MDB) para revitalizar a região central batizado de Requalifica Centro.
Tombado pelo Conpresp (Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo), o prédio foi inaugurado em 1939. Após a privatização da Telesp, chegou a abrigar a Telefônica e depois a Vivo, até ser fechado.
O tombamento não impede a reforma e a revitalização, desde que exista a aprovação prévia do Conpresp.
Com área de 4.502,84 metros quadrados, o empreendimento terá 282 apartamentos distribuídos em três torres após o retrofit, conforme o projeto. Duas torres terão 11 pavimentos, e a outra terá 15. No térreo ficará uma galeria de lojas com oito unidades. Haverá também uma porta de acesso na rua Basílio da Gama, paralela à 7 de Abril.
O espaço recebe agora, antes do início da reforma, instalações artísticas como a exposição coletiva "Irrealidades Visíveis", do Projeto Kura, inaugurada no dia 21 e que ocupa três andares do edifício.
O primeiro projeto de retrofit aprovado por meio do Requalifica Centro é um prédio de escritórios na rua Aurora, que deve ser transformado em um edifício com duas torres residenciais e comércio no térreo.
O Requalifica Centro oferece isenções de IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), ITBI (Imposto de Transmissão de Bens Imóveis) e ISS (Imposto Sobre Serviços) para atividades voltadas a revitalizar a região central, hoje com muitos prédios abandonados e rotina de violência.
O principal alvo do programa são edificações construídas até 23 de setembro de 1992 ou licenciadas com base na legislação vigente no período e localizadas em um perímetro de cerca de 6,4 quilômetros quadrados na região central.
Moradores do centro têm alterado a rotina diante da alta da violência. Dados oficiais mostram aumento de 35,7% nos furtos e 18,5% nos roubos no primeiro bimestre de 2023, na comparação com o mesmo período do ano passado.
Comerciantes da região também têm sido impactados, principalmente a partir de maio do ano passado, quando prefeitura e governo de São Paulo iniciaram uma série de ações que dispersaram por diversos pontos a concentração de dependentes químicos da cracolândia.
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