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Corrida em busca de ouro em Mato Grosso leva a possível sítio arqueológico

Boato induziu dezenas de pessoas a escavar área em obra na cidade de Colniza

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Cuiabá

Escavações em Mato Grosso e uma imagem divulgada nas redes sociais foram suficientes para que centenas de pessoas ocupassem um provável sítio arqueológico no município de Colniza (a 748 km de Cuiabá), em uma corrida em busca de ouro.

Assim que o boato se espalhou, os moradores do município de forma improvisada foram até o local para iniciar a corrida pelo sonho de uma "Nova Eldorado". Logo vídeos e fotos começaram a circular, mostrando carros e pessoas aglomeradas.

Boato levou mais de dezenas de pessoas a cavarem a área de uma obra em Colniza (MT) - Reprodução

A área invadida desde o último final de semana é da obra da MT-418 (antiga BR-174), onde trabalhadores estão no local. O episódio ocorreu no km 12 da rodovia.

Após o ocorrido, o governo Mauro Mendes (União-MT) emitiu nota afirmando que não foi encontrado ouro no local.

Durante as escavações, segundo o governo, um sítio arqueológico foi localizado, e teria característica indígena, o que foi necessário comunicar ao Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), para que a obra seja avaliada.

"A Secretaria de Segurança Pública já está atuando, junto ao Ministério Público, para a remoção das pessoas, que estão irregularmente no local, uma vez que a retirada de material de jazidas arqueológicas é considerada crime contra o patrimônio nacional", diz trecho da nota do governo.

Emancipada em novembro de 1998 por meio de uma lei estadual, Colniza tem aproximadamente 40 mil habitantes e uma economia voltada à agropecuária e à produção florestal.

A cidade já se tornou conhecida nacionalmente devido a duas grandes tragédias. Em 2017, nove trabalhadores rurais foram torturados e mortos. Em 2019, um confronto agrário terminou com a morte de um homem e outras sete pessoas feridas.

A OEI (Organização dos Estados Ibero-Americanos) apontou Colniza como a cidade mais violenta do Brasil em 2007. A cidade chegou a registrar 165,3 mortes para cada grupo de 100 mil habitantes –o mais alto índice de homicídios do Brasil.

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