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Ex-PM diz em delação que primeira tentativa de matar Marielle foi em 2017

Élcio Queiroz afirma que vereadora morta em 2018 era monitorada desde o ano anterior

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Brasília

O ex-policial militar Élcio Queiroz, que fechou um acordo de delação premiada, afirmou à Polícia Federal que a primeira tentativa de assassinato de Marielle Franco aconteceu em 2017, e que um dos suspeitos pode ter ficado com medo e "refugou".

Marielle foi morta meses depois, em 14 de março de 2018. Queiroz confirmou em depoimento a participação dele, de Ronnie Lessa e de Maxwell Simões Corrêa no caso.

Segundo o ex-PM, no último trimestre de 2017 já havia "monitoramento do alvo" por parte dos suspeitos, mas não envolvia a sua participação.

Marielle Franco - @marielle_franco no Instagram

Queiroz disse que passou o dia 31 de dezembro com Ronnie Lessa, que teria comentado sobre a tentativa anterior de assassinato.

"Já tínhamos bebido bastante, aí em tom de desabafo ele comentou comigo que estava chateado, que ele estava num trabalho já algum tempo e teve a oportunidade de um alvo que seria uma mulher", afirmou, no depoimento.

"Estavam nessa época aí, já um tempo 'campanando' esse alvo e teve uma oportunidade de chegar até esse alvo um dia, na área do Estácio, e na hora que foi para acontecer o fato, o crime, no caso seria uma execução... o piloto (inaudível) do carro era o Maxwell, o atirador na frente seria o Ronnie, o outro no banco de trás seria o Edmilson Macalé. O Ronnie achou que houve um refugo", afirmou.

Segundo Queiroz, Maxwell justificou que houve um problema com o carro, mas Ronnie "não acreditava que teve problema, que foi medo, refugou".

Macalé, que era policial militar, foi morto em 2021 na zona oeste do Rio. De acordo com Queiroz, foi ele quem convidou Ronnie para participar do assassinato de Marielle.

No dia do assassinato, em 2018, só participaram da execução o próprio Ronnie e Queiroz, disse o delator.

A delação de Queiroz foi anunciada pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, nesta segunda-feira (24).

O ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa foi preso em nova operação da Polícia Federal do Ministério Público do Rio de Janeiro que investiga a morte de Marielle e do motorista Anderson Gomes.

Também foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão na capital e na região metropolitana.

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