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Descrição de chapéu Obituário Miguel Aroldo Livramento (1942 - 2023)

Mortes: Narrador e comentarista, era ícone do jornalismo esportivo catarinense

Em mais de 50 anos de carreira, Miguel Livramento foi sinônimo de paixão pelo Avaí

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São Paulo

Em mais de 50 anos de carreira, Miguel Livramento foi repórter, narrador e comentarista nos principais veículos de comunicação de Santa Catarina.

Nascido em Biguaçu, na região metropolitana de Florianópolis, seu início no jornalismo se deu por acaso na capital. Em 1971, quando trabalhava em uma loja de eletrodomésticos no centro, ele ouviu na transmissão da Rádio Anita Garibaldi uma informação errada sobre o Avaí, seu time do coração. Ligou para o locutor e foi colocado ao vivo no ar para corrigir a notícia.

Gostou tanto da experiência que passou a frequentar a emissora no almoço para dar a hora certa e chamar a próxima atração ao meio-dia. Após alguns convites para comentar jogos, foi contratado como repórter esportivo da Rádio Jornal A Verdade no ano seguinte.

Miguel Aroldo Livramento (1942 - 2023) - @floripapodcast no Instagram

A partir de então, ele passou por várias emissoras de rádio, com destaque para CBN Florianópolis e Rádio Guarujá, e da televisão, como TV Barriga Verde, RBS TV (atualmente NSCTV), SCC e NDTV. Sua estreia na telinha havia sido pela TV Cultura, em 1978. Miguelzinho, como era conhecido, também foi colunista do jornal Hora de Santa Catarina.

Com o colega Roberto Alves, ele formou a parceria mais famosa do jornalismo esportivo catarinense. "Formamos uma dupla na RCE TV por quase 40 anos. Em determinado momento, fomos para lados diferentes, mas continuamos grandes amigos. Ele era um profissional diferenciado, correto, muito popular e que dignificou a comunicação, o rádio e a televisão", diz Alves.

A irreverência e o carisma eram as marcas de Miguelzinho, que começou a narrar partidas de futebol em 1976. Nos anos seguintes, ele cunhou alguns bordões que ficaram marcados, como "Esse Avaí faz coisa", "Conta aqui para o bonequinho" e "Se isso aí não é pênalti, a minha vó é uma bicicleta".

Nas mesas redondas, ele fazia o papel de polêmico, não medindo palavras nos comentários e nas críticas. E sempre defendia o seu Avaí.

Nos últimos tempos, Miguel se tratava de um enfisema pulmonar, resultado dos anos como fumante. Ao pegar uma bronquite, ele ficou com o pulmão congestionado e começou a passar mal, com crise de tosse e falta de ar. Foi levado ao médico, que receitou antibióticos, mas voltou para casa e morreu no dia 2 de agosto de parada cardiorrespiratória às 20h56, aos 81 anos.

"Na véspera de morrer, eu falei com ele por 30 minutos, e parecia que estava se despedindo. Ele não estava no rádio nem na TV e sentia a falta do dia a dia", conta Roberto Alves.

Miguel Aroldo Livramento deixa a ex-mulher, Doroti das Neves Livramento, quatro filhos (Márcio, Marcos, Marcelo e Mauro), além do neto Davi e da atual esposa, Rosa.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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