Rio Grande do Sul espera mais chuvas fortes poucos dias após tragédia
Até o momento foram confirmadas 40 mortes no estado e em SC, e mais de 60 mil afetados
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As autoridades se preparam, nesta quinta-feira (7), para novas chuvas intensas, com possibilidades de ventos fortes e queda de granizo, três dias depois de temporais deixarem ao menos 40 mortos no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina.
O governo gaúcho anunciou que a previsão é de que as instabilidades se estendam por todo o estado nas próximas horas "devido à aproximação e posterior avanço de uma frente fria".
"A partir da tarde, uma frente fria avança pela fronteira com o Uruguai e reforçará as instabilidades nessas regiões, espalhando-se para as demais áreas da metade norte entre a noite desta quinta e a madrugada de sexta-feira", informou a meteorologista Vanessa Gehm, citada em nota do governo estadual.
A região foi atingida por chuvas e ventos fortes que destruíram casas e deixaram localidades submersas.
Cerca de mil socorristas e uma dezena de helicópteros foram mobilizados nos trabalhos de resgate, dificultados nesta quinta-feira (7) depois que duas pontes foram destruídas e ao menos 16 vias estavam parcialmente ou totalmente bloqueadas.
Este é a mais recente de uma série de catástrofes climáticas registradas nos últimos meses no Brasil, e a mais mortal do Rio Grande do Sul.
As tempestades foram sentidas em 80 municípios e mais de 6.300 pessoas tiveram que deixar suas casas. No total, há mais de 62 mil afetados.
Em Roca Sales, o cenário era de destruição, com casas arrancadas de suas fundações e carros lançados pelos ares. Nas ruas de terra, moradores com picaretas e pás retiravam escombros e tentavam salvar alguns pertences.
"Coisa igual a gente nunca viu", disse à AFP Nelson Noll, enquanto apontava para o local onde antes se erguiam três casas.
Eduardo Machado, 56, lamentou o que chamou de tragédia. "Quando vamos nos recuperar, a gente não sabe, só Deus sabe", disse à AFP.
Em junho, um ciclone deixou pelo menos 13 mortos também no Rio Grande do Sul, enquanto milhares de pessoas foram retiradas dos seus imóveis ou perderam suas casas.
Em fevereiro passado, 65 pessoas morreram em deslizamentos provocados por chuvas recorde registradas em São Sebastião, um destino turístico praiano a cerca de 200 km da cidade de São Paulo.
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