Siga a folha

Descrição de chapéu violência

Pedidos de medida protetiva em delegacia online da mulher de SP crescem 50% em um ano

Alta estaria ligada à facilidade em registrar boletim de ocorrência de maneira remota, afirma delegada

Assinantes podem enviar 7 artigos por dia com acesso livre

ASSINE ou FAÇA LOGIN

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

São Paulo

A quantidade de pedidos de medidas protetivas feitas via Delegacia de Defesa da Mulher online teve alta de 51% no comparativo entre os anos de 2022 e 2023 em São Paulo.

Conforme a delegada Utimia Cristine Pinheiro Gonçalves, da DDM virtual, foram registrados 16.981 solicitações de janeiro a dezembro do ano passado ante 25.617 notificações até o dia 5 de dezembro deste ano —o índice de alta, portanto, ainda pode ser maior até o fim do mês.

No entendimento de Gonçalves, a alta pode estar ligada ao acesso mais simplificado para uma vítima requerer proteção, além da divulgação da possibilidade de elaborar o pedido de forma remota.

Fachada da Delegacia de Defesa da Mulher de São Caetano do Sul, no ABC paulista, em agosto de 2020 - Divulgação/Governo do Estado de São Paulo

"A gente sabe que a delegacia não é um ambiente muito aconchegante. O fato de ela poder registrar em qualquer lugar que ela estiver pelo celular, pelo tablet ou pelo próprio computador acabou facilitando muito para a vítima", disse a delegada.

Além do pedido via internet, a Delegacia de Defesa da Mulher online também conta com a possibilidade de atendimento via videoconferência. Nesse caso, também houve aumento na procura. Foram 1.379 pedidos de medida protetiva entre janeiro a 5 de dezembro deste ano contra 555 solicitações nos 12 meses de 2022.

"De noite e aos finais de semana, no interior e em cidades que não tem DDM 24 horas, quando a vítima vai para a delegacia territorial, há a pergunta se ela quer atendimento pela Delegacia de Defesa da Mulher online. Se ela aceita, a gente faz atendimento por videoconferência. Nesse caso, é a gente que faz o boletim e se ela solicita a medida protetiva, a gente já faz o ajuizamento", explicou Gonçalves sobre o funcionamento da opção.

Segundo a SSP (Secretaria da Segurança Pública), São Paulo tem 140 delegacias da mulher, o que representa 40% de todas as unidades semelhantes espalhadas pelo país.

De acordo com a delegada Jamila Jorge Ferrari, coordenadora das Delegacias de Defesa da Mulher, a maioria das vítimas que registram boletim de ocorrência está se separando ou tentando se separar de seus agressores. "Elas são mulheres jovens, entre 20 e 30 anos. Há filhos nesses relacionamentos, não necessariamente do agressor, e a ocorrência da violência acontece em casa", diz trecho de nota publicada no site da SSP.

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas