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Veja antes e depois de bairros com afundamentos em Maceió

Desastre ambiental causa impacto em uma área equivalente a 20% do território de Maceió e atinge cerca de 60 mil pessoas

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Salvador

O maior desastre ambiental urbano em curso no país, que completou cinco anos em março de 2023 com impacto em uma área equivalente a 20% do território de Maceió, mudou a vida de cerca de 60 mil pessoas na capital alagoana e segue sem uma solução definitiva no horizonte.

Os moradores de Maceió enfrentaram novos tremores de terra na manhã deste sábado (2) e vivem a expectativa de colapso de 1 das 35 minas de exploração de sal-gema de Braskem.

A velocidade de afundamento do solo da mina, que fica no bairro do Mutange, diminuiu ao longo das últimas 24 horas. De acordo com a prefeitura de Maceió, a velocidade de afundamento do solo caiu de 5 para 0,7 centímetros por hora, cenário que fez postergar o provável colapso da mina.

Bairro Pinheiro, em Maceió, em 2012, antes da evacuação do bairro pelos danos causados pela mina de sal-gema explorado pela mineradora Braskem - Reprodução/Google Street View

Ao todo, o solo da mina da Braskem em Mutange afundou 1,69 m desde o início do monitoramento, em 28 de novembro, até este domingo (3), de acordo com a Defesa Civil do município. A região passou a ser monitorada devido aos novos abalos sísmicos nesta semana que gerou risco iminente do colapso.

Os primeiros alertas sobre os danos no solo vieram por meio de tremores de terra no dia 3 de março de 2018. O abalo sísmico fez ceder trechos de asfalto e causou rachaduras no piso e paredes de imóveis, atingindo cerca de 14,5 mil casas, apartamentos e estabelecimentos comerciais nos bairros Pinheiro, Mutange, Bebedouro, Bom Parto e Farol.

Depois de 14 meses de estudos, o Serviço Geológico do Brasil, órgão do governo federal, concluiu que as atividades de mineração da empresa Braskem em área de falha geológica causaram os afundamentos.

A Braskem teve em Maceió 35 poços de extração de sal-gema, material usado para produzir PVC e soda cáustica. A exploração do minério começou em 1979 e se manteve até maio de 2019, quando foi suspensa um dia após a divulgação do laudo pelo Serviço Geológico.

A atividade de mineração deixou um rastro de impactos geológicos e ambientais que ainda estão em curso —não estão descartados novos tremores e afundamentos no futuro.

Confira o antes e depois dos bairros atingidos pelo desastre ambiental, em fotos de 2012 e 2022 na plataforma Google Street View.

Pinheiro, em Maceió

Ruas da capital alagoana tiveram afundamentos e rachaduras causadas por atividade de mineração da Braskem

Mutange, em Maceió

Casas abandonadas em rua no bairro do Mutange

Bebedouro, em Maceió

Fachada de escola, que foi desativada, no bairro do Bebedouro

Mutange, em Maceió

Fachada de supermercado no bairro do Mutange

Pinheiro, em Maceió

Pichação com protesto contra a Braskem no bairro do Pinheiro

Bebedouro, em Maceió

Ruas no bairro do Bebedouro atingidas por afundamentos e rachaduras causadas por mineração

Mutange, em Maceió

Ruas do bairro do Mutange que tiveram afundamentos e rachaduras

Pinheiro, em Maceió

Casas abandonadas em rua no bairro do Pinheiro

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