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São Paulo tem maior número de incêndios em mais de duas décadas

34 cidades paulistas estão em alerta máximo para grandes queimadas

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São Paulo

O estado de São Paulo teve neste ano 4.973 focos de incêndio. É o maior número registrado desde 1998, quando o Inpe (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Espaciais) iniciou o monitoramento dos focos por satélite.

Os dados são de 1º de janeiro a 23 de agosto. O recorde anterior havia sido registrado em 2006, quando o estado teve 3.739 focos de incêndio nesse mesmo período. Assim, as ocorrências de 2024 já superam em 33% o que ocorreu em 2006.

Quase metade do fogo deste ano foi registrado nas últimas 48 horas. Segundo o monitoramento do Inpe, São Paulo teve 2.316 focos de incêndio de quinta-feira (22) a sexta-feira (23). Esse número é quase 7 vezes maior do que o computado em todo o mês de agosto do ano passado, quando foram contabilizados 352 incidentes.

Fumaça de incêndios na Amazônia deixou o céu de São Paulo avermelhado no fim da tarde de sexta-feira (23) - Folhapress

O número de incêndios detectados neste ano no estado é ainda quase cinco vezes maior do que o registrado no ano passado até 23 de agosto, quando foram 1.072.

Incêndios de grandes proporções no interior de São Paulo nesta sexta-feira cobriram cidades de fumaça, bloquearam rodovias e mataram dois funcionários de uma usina, em Urupês, ao tentar combater o fogo.

A situação levou o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) a determinar a criação de um gabinete de crise para atuar nas queimadas. Na manhã deste sábado (24), ele embarcou em um helicóptero para sobrevoar as áreas mais afetadas do estado.

Fumaça densa de incêndios encobriu a cidade de Ribeirão Preto, no interior de SP, nesta sexta (23) - Fotoarena/Folhapress

O Centro de Gerenciamento de Emergência da Defesa Civil estadual colocou 34 cidades em alerta máximo para queimadas, e 24 enfrentam focos ativos de incêndio. As localidades em questão sofrem com baixa umidade do ar e elevado risco devido à onda de calor.

Considerando bloqueios parciais ou totais em todo o estado, 17 rodovias foram interditadas na sexta-feira.

Na capital paulista, a coloração do céu também chamou a atenção no fim da tarde de sexta. A cor avermelhada forte foi provocada pelos incêndios na região da amazônia e, com contribuição menor, pelo fogo que atingia o interior do estado.

Céu vermelho é um fenômeno ótico, provocado pela refração de raios solares na poeira e fuligem. Em períodos de seca e, sobretudo, com a ocorrência de queimadas, o acúmulo dessas partículas é mais intenso. É sinal claro de que a qualidade do ar está ruim.

A principal fonte da fumaça está no sul da Amazônia, no chamado arco do desmatamento. Embora os ventos partam inicialmente de leste para oeste, eles encontram uma barreira na cordilheira dos Andes, mudando de direção e chegando a estados como Mato Grosso do Sul e São Paulo.

Esse mesmo vento também passa pelo interior paulista, também afetado por diversos focos de incêndio em áreas rurais. Isso contribui para a piora da ar na capital, embora em proporção muito inferior.


Como diminuir os impactos negativos dos dias secos

Alguns cuidados ajudam a evitar problemas respiratórios

  • Qualidade do ar

    Procure manter-se informado sobre o nível de poluição em sua cidade

  • Exercícios

    Evite praticar atividade física ao ar livre entre as 10h e as 16h

  • Janelas

    Mantenha os ambientes bem ventilados

  • Umidade do ar

    Espalhe bacias com água e toalhas molhadas pela casa

  • Imunidade

    Valorize a ingestão de frutas e verduras

  • Hidratação

    Lembre-se de beber água

  • Idosos

    Observe sinais de desidratação, como boca seca e dificuldade para engolir, urina com cor e odor mais fortes, alteração na temperatura corporal, confusão mental e agitação

  • Vias aéreas

    Faça inalação e lave as narinas com soro fisiológico

  • Pele

    Lembre-se de usar hidratante após o banho

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