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Descrição de chapéu acidente aéreo São Paulo

Voepass tem dois voos cancelados no aeroporto de Guarulhos após acidente em Vinhedo (SP)

Funcionária da companhia disse que tripulações não se sentiram à vontade para voar logo após a tragédia

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Guarulhos (SP)

Após a queda da aeronave ATR 72-500 da Voepass em Vinhedo (SP), nesta sexta-feira (9), dois voos da empresa que partiriam do aeroporto de Guarulhos para Presidente Prudente (SP) e Caxias do Sul (RS) foram cancelados.

Segundo uma funcionária da companhia, que preferiu não se identificar, os cancelamentos aconteceram porque as tripulações dos voos disseram não se sentir à vontade para operá-los logo após a tragédia. Procurada, a companhia disse não ter informações sobre eventual recusa da tripulação em voar. O motivo do cancelamento não foi informado.

De acordo com a Voepass, todas as 61 pessoas a bordo morreram —57 passageiros e quatro tripulantes. O avião viajava de Cascavel (PR) para Guarulhos (veja aqui a lista de mortos).

Balcão de check-in da Voepass Linhas Aéreas no Aeroporto de Guarulhos, na tarde desta sexta (9) - Folhapress

Quando as notícias do acidente começaram a circular, o engenheiro clínico João Ferreira, 31, estava embarcado em uma aeronave do mesmo modelo da que sofreu o acidente e que já taxiava rumo à decolagem para Caxias do Sul.

"Ficamos uma hora embarcados, já estávamos taxiando na pista, até que anunciaram que o voo seria cancelado", disse ele, enquanto tentava uma remarcação no balcão da Voepass.

O vendedor Washington Gabriel, 42, chegou ao aeroporto de Guarulhos vindo de Roma e aguardava uma conexão com a Voepass para Presidente Prudente, que também acabou cancelada após o acidente.

O vendedor disse que abriu mão de uma eventual remarcação do seu voo e preferiu seguir para Inúbia Paulista, onde mora, por terra. "Depois de 12 horas de voo, agora serão mais oito de estrada, além do tempo que ficamos aqui esperando. Só quero chegar na minha casa", disse ele.

O ACIDENTE

O desastre é o mais letal do país desde 2007, quando um acidente com o voo 3504 da TAM nos arredores do aeroporto de Congonhas deixou 199 mortos, e um dos dez piores já registrados no Brasil.

O avião, que viajava de Cascavel (PR) para Guarulhos (Grande São Paulo), caiu na área de uma casa no condomínio Recanto Florido, no bairro Capela. A Voepass apontou inicialmente que o voo 2283 tinha 58 passageiros e 4 tripulantes a bordo, e depois atualizou o número para 57 passageiros.

A aeronave de modelo ATR 72-500 caiu na área de uma casa no condomínio Recanto Florido, no bairro Capela, em Vinhedo.

Com a ressalva de que ainda é cedo para determinar as causas do acidente, especialistas em aviação ouvidos pela Folha levantaram duas hipóteses principais para o caso com base nos primeiros detalhes divulgados e nas imagens da aeronave em queda livre.

O especialista em segurança de voo Roberto Peterka levanta a possibilidade de que gelo tenha se acumulado nas asas da aeronave, o que apontaria para uma falha no sistema de degelo. Já o engenheiro Hildebrando Hoffman, professor aposentado de Ciências Aeronáuticas da PUC-RS (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul), levanta a hipótese de que tenha ocorrido uma falha na posição das hélices.

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