Concentração de algas em meio à estiagem deixa rio Pinheiros verde em São Paulo
Problema é causado por redução do volume de água
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A combinação entre pouca água e muitos nutrientes do esgoto levou a uma proliferação de algas que deixaram verde a água do rio Pinheiros, em São Paulo. As diferentes tonalidades chamaram a atenção de quem circulava pelas marginais e cruzava a ponte estaiada Octavio Frias de Oliveira.
De acordo com a Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), a falta de chuvas leva a uma redução significativa do volume de água que chega ao Pinheiros.
Como há pouca água no rio, a concentração de nutrientes aumenta, criando um ambiente propício para a proliferação de algas em quantidade suficiente para mudar a coloração da água.
"Por causa do período seco, agravado pela forte estiagem, a vazão do Pinheiros diminuiu significativamente, favorecendo a proliferação de algas devido às concentrações de nutrientes em relação à pouca água no rio", afirma a companhia ambiental, em nota.
"A Cetesb continua em alerta neste período crítico e monitorando as condições de qualidade dos rios e represas na RMSP [região metropolitana de São Paulo] e no estado."
A Secretaria de Estado do Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística diz que para melhorar a qualidade do Rio Tietê e seus afluentes, como o Pinheiros, o Governo de São Paulo lançou, no início de 2023, o programa IntegraTietê.
A iniciativa, diz a pasta, vem implantando uma série de ações de curto, médio e longo prazo, como ampliação do saneamento básico, monitoramento da qualidade da água, desassoreamento e recuperação de fauna e flora. A previsão é que, até 2026, sejam investidos R$ 15,3 bilhões.
Mas a situação atual deve se manter com a sequência de dias quentes e secos prevista para os próximos dias. Além disso, previsão do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) para setembro indica que o nível de chuvas pode ficar abaixo da média no Sudeste e no Centro-Oeste.
A cidade de São Paulo está sob seca severa, de acordo com painel do Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais). É o terceiro pior nível monitorado pelo órgão, calculado a partir da quantidade de chuva, umidade do solo e estresse na vegetação.
Já o Brasil enfrenta a pior seca já registrada desde o início da atual série histórica, em 1950. Conforme um índice que mede as quantidades de água da chuva e da evapotranspiração de plantas, o momento atual supera as estiagens de 1998 e de 2015/2016.
O problema de seca neste ano se estende por 5 milhões de quilômetros quadrados (58% do território nacional), 500 mil a mais do que em 2015.
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