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Descrição de chapéu queimadas

Lula quer convocar governadores para debater incêndios e planejar ações coordenadas

Ministros se reúnem em gabinete de crise para tratar do tema; Planalto busca agenda com estados

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Brasília

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) quer se reunir com governadores para discutir queimadas, cuja fumaça já toma 60% do território brasileiro e virou munição para adversários criticarem a atuação do governo federal.

Ainda não há data para o encontro, e o Palácio do Planalto busca conciliar agenda com os estados. Lula deve ficar a semana toda em Brasília, mas no sábado (21) embarca para Nova York, onde participará da Assembleia Geral da ONU.

Segundo auxiliares palacianos, o objetivo será de reafirmar a necessidade de trabalho conjunto, mas também de que os entes façam a sua parte no combate aos incêndios.

O presidente Lula (PT), ao lado da ministra Marina Silva (Meio Ambiente). - Folhapress

Depois que esta reportagem foi publicada, o ministro Paulo Pimenta (Secom) confirmou a intenção do Planalto de reunir Lula com governadores.

"A depender da disponibilidade dos governadores de poder agendar, ocorrerá ainda no decorrer desta semana. Será tratado só disso, incêndios", disse Pimenta a jornalistas no Planalto.

Há cerca de duas semanas, os ministros Marina Silva (Meio Ambiente) e Rui Costa (Casa Civil) conversaram com governadores para tratar do tema.

No Palácio do Planalto, a avaliação é de que os entes da federação devem combater os incêndios, mas numa ação coordenada com o governo federal. Um auxiliar de Lula deu exemplo de enchentes –durante os alagamentos no Rio Grande do Sul, por exemplo, foram convocados o governador Eduardo Leite (PSDB) e prefeitos da região.

A cooperação com os estados é importante uma vez que são os entes da federação os responsáveis por autorizar uso do fogo para manejo de pastagem, por exemplo.

Uma reclamação constante da ala ambiental do governo federal foi que, mesmo com o país registrando recordes de incêndios na amazônia, alguns estados ainda não haviam proibido o uso do fogo.

O argumento é que há a necessidade que todo e qualquer uso seja proibido, não só para evitar acidentes (por exemplo, uma queima controlada que foge ao controle), mas também para categorizar qualquer tipo de queimada por ação humana como um crime —inibindo assim a prática em geral.

As queimadas foram assunto de uma reunião ampliada com o próprio presidente no Planalto, nesta segunda (16).Estiveram presentes nove ministros, dentre eles, Marina, Rui Costa, Ricardo Lewandowski (Justiça e Segurança Pública), Fernando Haddad (Fazenda) e Jorge Messias (AGU).

ICMBio, Ibama, Polícia Federal e os senadores Jaques Wagner (PT-BA) e Randolfe Rodrigues (PT-AP), também participaram. A expectativa é de que haja um anúncio ao final.

O governo chegou a trabalhar com a hipótese de convocar os governadores da região da Amazônia Legal, há algumas semanas. O objetivo seria discutir com eles a proibição do manejo do fogo.

A iniciativa acabou não saindo do papel.

O Brasil enfrenta há alguns meses uma grave crise climática. A região Norte do país é afligida por estiagem que secou rios, isolou comunidades e ameaça o abastecimento de cidades.

Outras partes do país, em diferentes regiões, sofrem com as queimadas florestais, que destrói reservas inteiras de vegetação nativa e a fumaça dos incêndios atinge as cidades, prejudicando a qualidade do ar.

Em resposta à crise, o presidente Lula anunciou a criação da Autoridade Climática. A proposta consta em seu plano de governo, mas nunca chegou a sair do papel.

No domingo (15), o presidente sobrevoou o incêndio de grandes proporções que atinge o Parque Nacional de Brasília, conhecido também como parque da Água Mineral.

A fumaça cobriu a capital, chegando inclusive no Palácio do Planalto.

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