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Startups usam interatividade para atrair estudantes na graduação

Ferramentas incentivam contato entre alunos e miram elaboração de projetos

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Luciana Alvarez
Lisboa

Para ajudar instituições a deixar seus cursos de graduação ou pós a distância mais interessantes, com interação e atividades práticas, startups de educação vêm lançando novos serviços.

O esforço para que o estudante tenha um papel mais ativo na aprendizagem, praticando o que estuda em vez de apenas receber conteúdos transmitidos por livros e professores, é uma tendência em todo o mundo, até na modalidade presencial, de acordo com Felipe Flesch, gerente da DreamShaper.

Startups de educação lançam serviços interativos para reter estudantes. Na foto, a estudante Valéria Pereira, que cursa duas graduações, uma online e outra presencial, na Unip - Wanezza Soares/Folhapress

A companhia, que desde 2018 trabalha com faculdades particulares, oferece uma ferramenta virtual com trilhas para aprendizagem baseada em projetos (PBL, na sigla em inglês) —metodologia em que os alunos discutem e propõem ideias para questões relacionadas às suas realidades.

"São quatro trilhas: pesquisa, empreendedorismo, resolução de problemas comunitários e projeto de vida. A ferramenta ajuda a mostrar os passos, a forma de elaborar a proposta. Eu libero o professor para que ele possa se concentrar na sua especialidade, em vez de ficar ensinando como fazer relatório", diz Flesh.

A DreamShaper já vendeu seu produto para mais de 20 países, mas o maior mercado é o brasileiro, com 30 instituições e 500 mil alunos.

Outra iniciativa para o mercado EAD mira a qualidade do material didático interativo.

Com experiência de mais de 20 anos como professora de ensino superior, Karina Tomelin, hoje diretora da B42, diz que um material com mais recurso s faz muita diferença. "O ebook tem que ser interativo, ter impacto visual, recursos de acessibilidade, como opção de áudio e fontes ampliadas. Isso melhora a experiência do estudante."

Segundo ela, contudo, montar um material de qualidade custa caro. Sua empresa lançou em 2021 a EaDStock, estante virtual que permite o empréstimo de materiais entre instituições, em esquema semelhante ao de um livro tradicional, que pode ser adotado por várias faculdades.

Além de produzir material interativo, o UOL EdTech, empresa de tecnologia para educação do Grupo UOL, oferece produto que visa a interação.

"Ao final de cada aula, ou quando o professor pedir, eu tenho que produzir um material, fazer um exercício. Quando eu posto na plataforma o que fiz, tenho o direito de ver o dos outros. A partir daí começam as trocas", diz Alex Augusto, CEO do UOL EdTech

Segundo ele, cerca de 70% dos estudantes de pós-graduação interagem na plataforma, que funciona como uma rede social focada no curso.

A partir de 2023, também será usada em graduações EAD. Nem todas as ferramentas úteis para o EAD começaram a ser desenhadas para esse fim.

O laboratório de anatomia em realidade virtual da MedRoom foi criado para ser usado presencialmente nas instituições da área de saúde como um laboratório —só que, em vez de cadáveres, com computador e óculos de realidade virtual. "O produto é virtual, mas focado no presencial", diz Vinicius Gusmão, CEO.

Na pandemia, o potencial para o EAD da ferramenta começou a ser explorado. "Os professores conseguiam usar o laboratório virtual para produzir conteúdos: os alunos assistem na tela o que o professor programa."

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