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Ex-funcionária da Unicamp suspeita de desviar R$ 5 mi é indiciada por suspeita de peculato

Ligiane Marinho de Ávila saiu do país desde o início das investigações; verbas da Fapesp eram destinadas a pesquisadores de biologia

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São Paulo

A ex-funcionária da Unicamp Ligiane Marinho de Ávila, 36, foi indiciada sob suspeita de peculato. Ela é investigada sob suspeita de desviar R$ 5 milhões em verbas da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) destinadas a pesquisadores do Instituto de Biologia.

"O caso foi investigado no 7º DP (Cidade Universitária) de Campinas. A investigada foi indiciada por peculato. O inquérito policial foi relatado à Justiça no dia 22 de agosto", afirmou a SSP (Secretaria da Segurança Pública).

O crime de peculato ocorre quando um funcionário público, usando o cargo, desvia o bem público em benefício próprio ou de terceiro.

O advogado Rafael de Azevedo, que defende a suspeita, não atendeu as ligações nem respondeu as mensagens enviadas na tarde desta sexta-feira (30). Na terça (27), ele disse que Ligiane continua no exterior– ela embarcou para a França um mês após o início das investigações– e que a polícia ainda não marcou data para seu depoimento —ocasião em que o advogado afirma que ela pretender esclarecer tudo sobre a acusação.

Letreiro da Unicamp em rotatória de acesso à universidade - Antonio Scarpinetti/Divulgação

Auditoria realizada pela Fapesp apurou que R$ 5.092.925,88 passaram pela conta de Ligiane. Os pesquisadores são os responsáveis pelo uso dos recursos e pela prestação de contas, mas a função foi delegada à ex-funcionária, contratada pela Funcamp (Fundação de Desenvolvimento da Unicamp). Outra auditoria sobre o mesmo caso, feita pelo Instituto de Biologia e ainda em andamento, já havia constatado desvio de R$ 3 milhões.

O desvio foi descoberto quando a Fapesp identificou irregularidades na prestação de contas de um pesquisador do Instituto de Biologia. Quando pediu esclarecimentos, descobriu que o mesmo ocorria com outros pesquisadores da unidade.

Cabe a cada pesquisador apresentar as prestações de contas de como emprega as verbas para suas pesquisas. Porém, ao menos desde 2018 Ligiane era responsável por esse trabalho. Ela era contratada da Funcamp havia dez anos e atuava na Secretaria de Apoio ao Pesquisador do Instituto de Biologia.

Em 12 de abril de 2018, na mesma época em que passou a ser responsável pela prestação de contas, Ligiane abriu uma microempresa que tinha como atividade a manutenção e a reparação de equipamentos e produtos não especificados.

Segundo a investigação do instituto, ela emitiu diversas notas frias em nome de sua empresa, como se fossem de manutenção e outros serviços prestados aos pesquisadores, desviando assim verbas da Fapesp destinadas a pesquisa. A empresa foi encerrada em janeiro deste ano, seis dias após sua demissão.

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