Um vídeo publicado por uma clínica de estética e dermatologia do Rio Grande do Sul viralizou nas redes sociais ao mostrar a mudança provocada pelo peeling de fenol, um procedimento estético que promete rejuvenescer a pele em anos em apenas uma sessão.

No início da publicação, uma paciente aparece com rugas e marcas de expressão e, 21 dias após a técnica, a maioria dos sinais de envelhecimento de seu rosto vão embora.

O peeling de fenol, que é invasivo, se feito corretamente é considerado seguro. Especialistas afirmam que ele deve ser realizado por um especialista médico – também recomendam que seja feito apenas em peles claras ou com baixa melanina. Seu preço pode chegar até cerca de R$ 30 mil.

O procedimento é indicado principalmente para tratar rugas, mas também pode ser usado contra melasmas e marcas de acne. O resultado, porém, não é tão impactante como nos casos de envelhecimento.

O método deve ser feito somente por profissionais especializados na técnica como dermatologistas e cirurgiões plásticos. Também deve ser realizado em centros cirúrgicos ou ambulatórios clínicos monitorados por causa da anestesia e dos picos de arritmia que podem ser provocados pelo fenol na corrente sanguínea antes de sua metabolização pelo corpo.

A recuperação envolve a descamação de uma grossa camada de pele, processo que dura cerca de 15 dias. Nessa fase a higiene e hidratação são importantes, além de muita proteção solar.

Em entrevista a reportagem da Folha, a médica dermatologista Ediléia Bagatin, coordenadora do Departamento de Cosmiatria Dermatológica da SBD (Sociedade Brasileira de Dermatologia) afirma que o peeling de fenol promove um rejuvenescimento "inacreditável e um resultado bastante duradouro".

"Tem relatos do efeito ter durado 20 anos, desde que a pessoa cuide dessa pele com ácido retinóico e filtro solar continuamente", diz a médica.

Bagatin afirma que o paciente deve estar bem orientado sobre o que vai acontecer. Ela aponta que o pós-operatório é doloroso, e lembra que o aspecto "fica muito feio".

"Não é um procedimento cirúrgico, mas é considerado invasivo. Provoca uma grande agressão, como se fosse uma queimadura química profunda, que vai exigir acompanhamento quase diário, pelo menos na primeira semana. Só pode ser realizado por médico treinado e com bastante seleção do paciente", pontua.