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Consumo de álcool na Rússia cai 43% entre 2003 e 2016

Queda na ingestão de bebidas ajudou a reduzir a mortalidade

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Moscou | Reuters

​​A Rússia continua sendo uma nação de bebedores, mas seu consumo de álcool caiu 43% entre 2003 e 2016 —o que foi um ​fator-chave para o rápido aumento da expectativa de vida no país, informou um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgado ontem.

Os russos ingerem o equivalente a 11 a 12 litros de álcool puro por ano, em um dos níveis de consumo mais altos do mundo. A diminuição desde 2003, no entanto, contribuiu para reduzir substancialmente a mortalidade, de acordo com a OMS.

A expectativa de vida dos homens chegou a 57 anos nos anos 1990, mas começou a subir significativamente em 2003, diz o relatório. Atualmente, a expectativa é de quase 68 anos para homens e de 78 anos para mulheres.

Consumo de álcool na Rússia diminui 43%, e expectativa de vida sobe - Ilya Naymushin/Reuters

A mortalidade resultante de todas as causas caiu 39% entre 2003 e 2018 para homens e 36% para mulheres, segundo o estudo, que analisou tendências ao longo de quase 30 anos.

O relatório afirma que existia uma correlação nítida entre o consumo de álcool no país, as taxas de mortalidade e a expectativa de vida, e que a redução no consumo de bebidas foi resultado das políticas governamentais adotadas no país a partir do ano 2000.

“[...]Nossa publicação fornece uma clara relação causal entre a implementação de políticas eficazes relativas ao álcool e uma reversão das tendências de mortalidade”, descreve o documento.

O presidente Vladimir Putin, que está no poder desde a virada do século, enfrenta uma crise demográfica. No ano passado, a população contraiu em 86 mil pessoas, a primeira queda anual registrada em uma década, informou o serviço estatal de estatísticas.

Putin cultiva, há tempos, uma imagem atlética e de sobriedade, em contraste com seu antecessor, Boris Yeltsin, a quem muitos russos associam a gafes embaraçosas e decorrentes de bebida.

O estudo destacou reformas na política de álcool que visavam reduzir a participação de álcool contrabandeado ou caseiro no mercado, aumentando tanto os impostos sobre o consumo quanto o preço mínimo da vodka e outras bebidas.

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