Siga a folha

Drauzio Varella desmonta 14 fake news sobre coronavírus

Informações incorretas vão do uso de vitamina C como prevenção à possibilidade de a vacina contra influenza facilitar infecção pelo novo vírus

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

São Paulo

Às vésperas de completar um mês do primeiro caso do novo coronavírus no Brasil, governos estaduais e federal adotaram medidas que vão da recomendação de isolamento social ao fechamento obrigatório do comércio nos grandes centros urbanos.

Com o agravamento da situação e a previsão de que o pico da doença ainda está por vir, o medo toma conta das redes sociais e aplicativos de mensagens, criando terreno fértil para as fake news (notícias falsas).

Áudios, vídeos e imagens com todo tipo de recomendações são compartilhados à exaustão, muitos com informações incorretas e/ou imprecisas.

Para combater a disseminação de notícias falsas que possam colocar em risco a saúde da população e a tomada de decisão pelo poder público, a Folha liberou o acesso às matérias que tratam do coronavírus e criou um canal direto com o leitor para receber suas dúvidas: duvidascoronavirus@grupofolha.com.br.

A Folha também convidou o médico e escritor Drauzio Varella, 76, para desmontar algumas das fake news mais recorrentes.

Entre as informações falsas está a que aponta o álcool como a única forma de higienizar as mãos. Drauzio explica que o uso do álcool em gel com concentração de 70% serve, na verdade, como alternativa para uso da água e sabão em casos nos quais não é possível lavar as mãos.

Todos os dias, imagens de pessoas usando máscara são publicadas por jornais, inclusive por esta Folha. Diante disso, circula também a informação de que se deve usar máscara para se proteger do vírus.

Drauzio afirma que o uso de máscara não impede a infecção de acontecer porque também é possível ser contaminado ao coçar os olhos, por exemplo, caso o vírus esteja na mão.

O médico aponta que a máscara deve ser usada apenas por pessoas que estão com sintomas como tosse, febre, coriza, sinais comuns tanto à gripe (influenza) quanto ao coronavírus. Segundo ele, caso você acorde com algum dos sintomas, é importante usar o equipamento para evitar contaminar as pessoas com quem convive.

Além disso, tocar a máscara pode tornar o seu uso inútil, uma vez que a parte externa pode carregar o vírus. Com o toque para ajustar o equipamento no rosto, por exemplo, é possível que a mão passe a carregar o vírus também e, se levada aos olhos, o vírus encontrará um caminho para infectar.

Sobre a ingestão de vitamina C, amplamente difundida como medida de prevenção, Drauzio é categórico: Não funciona. “Vitamina C não tem nenhuma função nessa situação, não perca tempo com isso”, diz.

Drauzio Varella, 76, médico cancerologista, desmonta 14 fake news sobre coronavírus - Bruno Santos/Folhapress

Outro ponto abordado pelo médico é a possibilidade de impedir a transmissão do novo coronavírus fazendo gargarejo com vinagre ou água morna com sal.

O vinagre é inútil neses casos. Mas nem toda a mensagem é descartável. Isso porque o uso de água com sal para gargarejo ou com seringas diretamente no nariz (bem como beber água com regularidade) ajudam a hidratar as vias aéreas. “Quanto mais ressecadas estiverem as mucosas, mais suscetíveis e sensíveis elas ficam a infecção por vírus e bactérias”, diz Varella.

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas