Claudia Costin indica leitura do clássico de Camus "A Peste"
Colunista de educação recomenda também autobiografia de Fernanda Montenegro
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Diariamente, durante a crise do coronavírus, um colunista ou um blogueiro da Folha indica sugestões para o período de quarentena, como livros, filmes, séries, entre outras opções.
Confira as sugestões da colunista de educação Claudia Costin, diretora do Centro de Excelência e Inovação em Políticas Educacionais, da FGV, e ex-diretora de educação do Banco Mundial.
Acompanhe todas as dicas dos colunistas aqui.
Para ler
A Peste
Ed. Record, 2017. R$ 40 (288 págs.) Kindle R$ 38
Prólogo, Ato, Epílogo
Ed. Companhia das Letras, 2019. R$ 39 (392 págs.) Kindle R$ 27
Nessa reclusão a que fomos condenados, optei por dois bons livros. Reli “A Peste”, do Camus, que dialoga bem com o momento que vivemos. Não é por acaso que o grande escritor franco-argelino recebeu o Nobel de Literatura em 1947. A obra descreve uma peste ficcional que teria afligido a cidade de Orã, afetando o comportamento das pessoas na cidade, desde o médico que poderia ter abandonado a cidade para acompanhar a esposa, doente de outra enfermidade, mas prefere ficar para enfrentar a epidemia, ou o jornalista que pretende inicialmente fugir para voltar ao seu grande amor mas acaba ficando para ajudar.
O que o livro me trouxe, em tempos polarizados, é o resgate do que é ser humano. A noção de que não somos monolíticos e podemos nos transformar frente a grandes desafios.
Aproveitei para ler também a interessante autobiografia da Fernanda Montenegro. Ao falar de seus 70 anos de carreira, no livro “Prólogo, Ato, Epílogo”, a atriz registra não só sua vida pessoal e profissional, mas muito da história das artes cênicas no Brasil, num movimento que conseguiu fazer da arte uma estratégia para nos manter humanos em tempos sombrios.
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