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É falso post sobre compra de 38 mil caixões sem licitação pela Prefeitura de São Paulo

Administração municipal fez aquisição por meio de pregão eletrônico e decidiu antecipar o recebimento em função da pandemia; postagem foi editada depois

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São Paulo

É falsa a afirmação que circula em postagem na página Fiscal do Povo Wellington, no Facebook, alegando que o prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), adquiriu 38 mil caixões sem licitação durante a pandemia da Covid-19. A administração municipal obteve quantidade de urnas próxima da citada no post (37.109), mas, diferentemente do informado, as compras foram feitas por meio de pregão eletrônico. Cinco dias após a publicação, o texto do post foi editado e deixou de dizer que as compras haviam sido feitas sem licitação.

O vídeo que acompanha a postagem, verificada pela Comprova, não diz onde nem quando as imagens foram feitas. Somente após contato com a Secretaria Municipal de Subprefeituras de São Paulo foi possível confirmar que o vídeo foi gravado no centro de logística do Serviço Funerário municipal.

A postagem acompanha o comentário de que “a previsão do prefeito deu errado”. No entanto, a compra das urnas já era prevista pela prefeitura, que adquiriu mais de 70 mil caixões no ano passado e optou por antecipar o recebimento neste ano em função da pandemia.

Caixões em uma sala do cemitério São Luiz, na zona sul da capital paulista - Lalo de Almeida/ Folhapress

O Comprova pesquisou sobre o Plano de Contingenciamento Funerário da prefeitura e encontrou um anúncio feito por Bruno Covas, em 23 de abril, mencionando a antecipação da aquisição de 38 mil urnas funerárias “para atender a capital nos próximos meses” em função do novo coronavírus. O Comprova procurou o Serviço Funerário para questionar a respeito da compra e recebeu links com os detalhes das licitações.

Também procurou em outras redes sociais o vídeo apresentado na postagem. Sem encontrar registros similares, contatou a página que fez a publicação, mas não obteve retorno até a publicação desta verificação.

O Comprova investiga conteúdos duvidosos de grande viralização nas redes sociais e que apresentam informações duvidosas sobre a pandemia da Covid-19. É o caso deste vídeo, que até 1º de julho somava mais de 426 mil visualizações, 18 mil compartilhamentos e 3,3 mil interações no Facebook.

Falso, para o Comprova, é o conteúdo inventado ou que tenha sofrido edições para mudar o significado original; no caso do post, a única informação correta é de que a Prefeitura de São Paulo adquiriu 38 mil caixões.

A investigação desse conteúdo foi feita por UOL e Estadão e publicada na quarta-feira (1) pelo Projeto Comprova, coalizão que reúne 28 veículos na checagem de conteúdos sobre políticas públicas e coronavírus. Foi verificada por Folha, Piauí, Nexo, Jornal do Commercio, SBT e Gazeta.

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