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Médico distorce informações sobre a Covid-19 em vídeo

Entre outras incorreções, profissional diz que o uso da máscara faz mal ao organismo

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São Paulo

O médico Ulysses José Guedes Gomes faz afirmações enganosas sobre a pandemia em um vídeo que obteve mais de 385 mil interações nas redes sociais até o dia 2 de julho. Na gravação, ele diz, entre outros pontos, que “nosso país continua fazendo esse alarde, aumentando o número de mortos, criando atestados médicos”. Erra ao dizer que o uso da máscara “faz acidificar o sangue” e, consequentemente, “diminui o sistema imunológico”.

No vídeo verificado pelo Comprova, Gomes acusa “uma esquerda que ficou 30 anos no poder” de ter interesse de derrubar o país e defende o uso de medicamentos como a cloroquina e a ivermectina –que não têm eficácia comprovada contra o novo coronavírus, mas contam com o apoio do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

O Comprova verificou as afirmações e conversou com especialistas. Eles disseram, por exemplo, que é incorreto que a máscara traz malefícios ao organismo. Os poros do tecido permitem as trocas gasosas, fazendo com que a respiração ocorra normalmente. Além disso, o uso prolongado da proteção em locais públicos é recomendado por autoridades sanitárias como a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

A equipe do Comprova tentou entrar em contato com o médico, mas ele não retornou as ligações.

Imagem do vídeo gravado por Ulysses José Guedes Gomes que viralizou nas redes sociais - No Facebook

O Comprova investiga conteúdos suspeitos que viralizam nas redes sociais. Quando o material aborda assuntos relacionados à Covid-19, como esse vídeo, a verificação se torna ainda mais importante, pois coloca a saúde das pessoas em risco.

Enganoso, para o Comprova, é o conteúdo retirado de seu contexto original e utilizado de forma a mudar o seu significado.

A investigação desse conteúdo foi feita por Folha e UOL e publicada na quinta-feira (2) pelo Projeto Comprova, coalizão que reúne 28 veículos na checagem de conteúdos sobre políticas públicas e coronavírus. Foi verificada por Nexo, Piauí, Gazeta do Sul, SBT e Poder360.

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