EUA ampliam autorização de uso emergencial de antiviral remdesivir para Covid-19
Droga, que passa por testes clínicos de fase 3, poderá ser usada em pacientes hospitalizados
Já é assinante? Faça seu login
Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:
Oferta Exclusiva
6 meses por R$ 1,90/mês
SOMENTE ESSA SEMANA
ASSINE A FOLHACancele quando quiser
Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.
A FDA (agência de vigilância sanitária dos Estados Unidos) estendeu a autorização do uso emergencial do antiviral remdesivir para todos os pacientes adultos e pediátricos internados com a Covid-19. Desde maio, o medicamento tinha a permissão emergencial para ser usado nos casos mais graves, de pacientes que necessitavam de suporte respiratório.
A decisão foi publicada pela agência em um comunicado no dia 28 de agosto.
O remdesivir, desenvolvido pela farmacêutica americana Gilead para o combate do vírus ebola, é um remédio experimental que ainda passa pela fase 3 de testes clínicos.
Estudos clínicos têm indicado um benefício discreto da droga para pacientes da Covid-19. Em um artigo publicado em 21 de agosto na revista científica Journal of the American Medical Association (JAMA), um grupo internacional de pesquisadores demonstrou que o uso da droga pode levar a um quadro clínico significativamente melhor após cinco ou dez dias de uso do antiviral associado ao tratamento padrão para a doença. Os resultados foram fruto de um teste realizado com mais de 500 pacientes.
Em maio, um grande estudo patrocinado pelo grupo de Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos (NIH) com mais de mil participantes mostrou que o uso do remdesivir poderia encurtar em cerca de quatro dias o período de tratamento para pacientes internados com a Covid-19. Os resultados foram publicados no periódico New England Journal of Medicine.
Nenhum estudo encontrou benefícios significativos na redução de mortes com o uso do antiviral até o momento.
Nos Estados Unidos, a produtora do remédio anunciou, em junho, que passaria a cobrar até US$ 3.120 (R$ 16.714) pelo tratamento completo. Até então, os frascos do medicamento usado com a permissão emergencial da FDA eram doados pela companhia.
Receba notícias da Folha
Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber
Ativar newsletters