Brasil registra mais de 45 mil casos de Covid-19, nesta quarta
Com média móvel de mortes crescente, país teve 620 óbitos, mostra consórcio de imprensa
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O Brasil registrou 45.449 casos da Covid-19, somente nesta quarta-feira (25). O país, assim, chegou 6.166.898 pessoas infectadas pelo novo coronavírus desde o início da pandemia. Foram documentadas também 620 mortes pela doença, o que elevou o total de óbitos para 170.799.
Além dos dados diários do consórcio, a Folha também mostra a chamada média móvel. O recurso estatístico busca dar uma visão melhor da evolução da doença, pois atenua números isolados que fujam do padrão. A média móvel é calculada somando o resultado dos últimos sete dias, dividindo por sete.
De acordo com os dados coletados até as 20h, a média de mortes nos últimos sete dias é de 472, o que representa um cenário de aumento de mortes em relação à média de 14 dias atrás. Nas últimas semanas, o país variou entre situações de queda da média e estabilidade.
A média recente, porém, foi afetada por um apagão de dados de alguns estados. De toda forma, dados do país e especialistas que os acompanham têm apontado tendências de aumento de casos de Covid-19.
Os dados são fruto de colaboração inédita entre Folha, UOL, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo e G1 para reunir e divulgar os números relativos à pandemia do novo coronavírus. As informações são coletadas diretamente com as Secretarias de Saúde estaduais.
Centro-Oeste, Sudeste e Sul apresentam aumento da média móvel de mortes em relação ao dado de 14 dias atrás. Norte e Nordeste estão em situação de estabilidade.
Acre, Amazonas, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe têm aumento da média móvel de mortes.
Bahia e Distrito Federal, Maranhão, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rondônia têm taxa estável. Os demais estados aprensentam queda.
O Brasil tem uma taxa de 81,5 mortos por 100 mil habitantes. Os Estados Unidos, que têm o maior número absoluto de mortos (261.874), e o Reino Unido (56.630), ambos à frente do Brasil na pandemia (ou seja, começaram a sofrer com o problema antes), têm 80,2 e 85,2 mortos para cada 100 mil habitantes, respectivamente.
O Brasil havia ultrapassado a taxa da Itália de mortes por 100 mil habitantes (86,1), país com 52.028 óbitos pela doença. Contudo, com a segunda onda que assola a Europa, a Itália voltou a ultrapassar o Brasil.
O México, que ultrapassou o Reino Unido em número de mortos e já contabiliza 102.739 óbitos, tem 81,4 mortes para cada 100 mil habitantes.
Na América do Sul, chama a atenção também o número de mortos por 100 mil habitantes do Peru: 111,6. O país tem 35.685 óbitos pela Covid-19.
A Índia é o terceiro país, atrás apenas de EUA e Brasil, com maior número de mortes pela Covid-19, com 134.699 óbitos. Lá, devido ao tamanho da população, a taxa proporcional é de 10 óbitos por 100 mil habitantes.
Na Argentina, onde a pandemia desembarcou nove dias mais tarde que no Brasil e que seguiu uma quarentena rígida de início, o índice é de 84,1 mortes por 100 mil habitantes (37.432 óbitos).
O boletim divulgado pelo Ministério da Saúde nesta quarta-feira (25) aponta 47.898 novos casos de Covid-19 confirmados nas últimas 24h, com 654 novas mortes. Com esses dados, o balanço da pasta soma 6.166.606 casos e 170.769 mortes pela doença desde o início da epidemia. Há, ainda, 2.177 mortes em investigação.
A iniciativa do consórcio de veículos de imprensa ocorre em resposta às atitudes do governo Jair Bolsonaro (sem partido), que ameaçou sonegar dados, atrasou boletins sobre a doença e tirou informações do ar, com a interrupção da divulgação dos totais de casos e mortes. Além disso, o governo divulgou dados conflitantes.
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