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Governo aciona diplomatas 'com máxima urgência' para tentar comprar kit intubação

Em mensagem a postos, Itamaraty pede ajuda para obter fornecimento de remédios e diz que Anvisa não obteve resposta a pedidos

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São Paulo

Diplomatas brasileiros em embaixadas e consulados no exterior receberam mensagem do Itamaraty pedindo para que tentem obter fornecimento, "com máxima urgência", de uma série de medicamentos do chamado "kit intubação".

Hospitais e associações médicas alertaram o governo para a queda no estoque de analgésicos, sedativos e bloqueadores musculares usados para a intubação de pacientes em UTIs, que pode durar apenas mais 15 dias no Brasil.

Esses medicamentos são essenciais para inserir o tubo e manter a ventilação mecânica dos pacientes graves —sem isso, morrem sufocados.

Na mensagem enviada aos postos no exterior, o Itamaraty afirma que a Anvisa enviou consulta a seus contrapartes em alguns países, mas não obteve resposta. O órgão pede para que os diplomatas pesquisem "a possibilidade de fornecimento dos insumos".

Entre os remédios citados, estão o besilato de atracúrio, midazolam, propofol e fentanila. Muitos deles têm venda estritamente controlada, o que complica a importação.

Com a alta na demanda, o preço dos medicamentos usados para intubação explodiu.

Segundo informações do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, uma ampola de neurobloqueador, que paralisa a musculatura para o corpo “aceitar” o tubo, custava cerca de R$ 2 antes da pandemia.

No ano passado, subiu para R$ 17, e, agora, chega a R$ 200 a ampola.

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