No mesmo dia, Distrito Federal reabre escolas e academias e decreta toque de recolher das 22h às 5h
Pressionado por diversos setores econômicos, o governador Ibaneis Rocha vem ampliando os setores que podem funcionar, mas lida com UTIs cheias
Já é assinante? Faça seu login
Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:
Oferta Exclusiva
6 meses por R$ 1,90/mês
SOMENTE ESSA SEMANA
ASSINE A FOLHACancele quando quiser
Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.
No mesmo dia em que autorizou a retomada do funcionamento de escolas e estabelecimentos de ensino particulares e academias, o governador Ibaneis Rocha (MDB) decretou toque de recolher das 22h às 5h até o dia 22 de março.
A publicação foi feita numa edição extra do Diário Oficial, e a medida entrará em vigor nesta segunda.
Durante o toque de recolher, a população deverá permanecer em casa e só poderá sair em caso de necessidade de tratamento de saúde emergencial ou para a compra de medicamentos. Só poderão funcionar hospitais, clínicas médicas e veterinárias, farmácias, postos de gasolina e funerárias.
De acordo com a norma, o deslocamento urbano em desacordo com a regra pode gerar multa no valor de R$ 2.000.
Gustavo Rocha, secretário da Casa Civil do governo do Distrito Federal, disse que a decisão foi tomada por causa da alta taxa de ocupação de leitos e da alta taxa de transmissão do coronavírus.
“O índice de contaminação nestas atividades [escolas e academias] é muito pequeno. O maior índice de contaminação ocorre no período noturno, nas aglomerações que continuam ocorrendo. Há pessoas que não se conscientizaram da seriedade do momento que estamos passando e continuam se aglomerando, saindo de casa”, disse em uma entrevista coletivaà imprensa nesta segunda-feira (8).
Petrus Sanchez, secretário-adjunto de assistência à saúde da secretaria de Saúde, acrescentou que em 2020 a taxa de isolamento foi maior que 60%, mas neste ano não chegou a 40%.
“A gente vivencia uma situação muito crítica. A rede privada já não comporta muito seus pacientes. O Entorno tem a gente como retaguarda, então eles vêm naturalmente procurar o nosso serviço."
Pressionado por diversos setores econômicos, Ibaneis Rocha tem recuado e vem ampliando os setores que podem funcionar no Distrito Federal.
No dia 27 de fevereiro, um dia após publicar o primeiro decreto, o governador ampliou o leque de atividades autorizadas a abrirem as portas, incluindo todo o segmento da construção civil, cartórios, hotéis, papelarias, bancas de jornal e até mesmo escritórios de profissionais autônomos, como os de advocacia e contabilidade.
Já no dia 1 de março, após reunião com o setor produtivo e manifestações pedindo a volta ao trabalho, Ibaneis sinalizou que poderia liberar mais algumas atividades, como escolas e academias, como o fez hoje.
Receba notícias da Folha
Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber
Ativar newsletters