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Vacinação completa detém metade das infecções por variante delta, diz pesquisa

Estudo com 98 mil na Inglaterra oferece mais ampla evidência comunitária até agora sobre imunização e a cepa do vírus

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Clive Cookson
Financial Times

A vacinação completa reduz pela metade a transmissão da variante delta do coronavírus e é 60% eficaz na prevenção de sintomas da Covid-19, segundo a última pesquisa de prevalência React-1 do Imperial College do Reino Unido.

As descobertas, divulgadas na quarta-feira (4) e baseadas em um estudo com 98 mil voluntários na Inglaterra, oferecem a mais ampla evidência comunitária até agora sobre como as vacinas protegem contra a variante delta, que se originou na Índia e deslocou completamente a cepa anterior, alfa, no Reino Unido desde o início de abril.

Estudos recentes mostraram 90% de eficácia da vacina na prevenção de hospitalizações com a delta. No estudo React-1, 40% dos participantes que tiveram teste positivo eram assintomáticos e muitos outros tinham sintomas muito brandos. As estimativas de eficácia sempre diminuem quando os cientistas incluem doença menos grave.

Profissional da saúde prepara vacina contra a Covid para aplicar em morador de São Paulo - Rahel Patrasso - 26.jul.2021/Xinhua

"A vacinação continua altamente eficaz contra a delta", disse Paul Elliott, um dos líderes do projeto no Imperial.

O React-1, que está sendo realizado desde abril de 2020, oferece instantâneos mensais da Covid testando amostras aleatórias de pessoas em toda a Inglaterra. Durante a última pesquisa, de 24 de junho a 12 de julho, a prevalência da infecção, de 0,63%, era quatro vezes maior do que durante a etapa anterior, de 20 de maio a 7 de junho.

A disseminação começava a desacelerar no final do período de amostragem, mas o estudo parou antes de captar a recente queda rápida dos casos de Covid.

"A variante delta constituía 100% da última amostra", disse Steven Riley, outro líder do estudo. "Não identificamos nenhuma das sublinhagens mais preocupantes da delta."

Esta é a primeira vez que o React-1 avaliou a eficácia de vacinas. A análise incluiu imunizantes da AstraZeneca e da Pfizer, mas não dividiu os resultados por marca.

"As conclusões, quando comparadas com outros estudos que demonstram o impacto das vacinas contra o coronavírus na redução de hospitalizações e mortes por Covid-19, são animadoras", disse Tom Wingfield, palestrante clínico sênior na Escola de Medicina Tropical de Liverpool. "No entanto, [elas] também servem para lembrar que, mesmo com cobertura vacinal extremamente alta, é grande a probabilidade de termos uma nova onda de infecções no outono."

Tradução de Luiz Roberto M. Gonçalves

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